dc.creatorFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
dc.date2017-07-24T14:44:56Z
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dc.date2009
dc.date.accessioned2023-09-27T00:15:03Z
dc.date.available2023-09-27T00:15:03Z
dc.identifierRADIS: Comunicação e Saúde. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ENSP, n. 85, set. 2009. 24 p. Mensal.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20276
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8898956
dc.descriptionReportagens e artigos desta edição convergem para um ponto: cuidar da saúde é combater a desigualdade. Há 100 anos, Carlos Chagas advertia que o mal que pesquisava estava “intimamente associado à pobreza e às más condições de vida no interior do país”. Em simpósio no Rio sobre “a mais negligenciada de todas as endemias” — embora seja a quarta causa de morte ligada a doenças infecto-parasitárias no Brasil —, pesquisadores reafirmam os preceitos de Chagas. “Acabar com a doença é buscar equidade entre os homens”, conclama João Carlos Pinto Dias, filho de Emmanuel Dias, um dos mais próximos discípulos do grande cientista. Diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Tania Araújo-Jorge garante que há centenas de jovens e experientes pesquisadores herdeiros de Chagas (especialistas da ciência básica à informação, uma das preocupações do comunicador Chagas), dispostos a aprofundar os estudos necessários ao controle da infecção e aperfeiçoamento do tratamento. Falta prioridade e financiamento por parte dos governos e agências de fomento nacionais e internacionais e investimento das indústrias farmacêuticas, interessadas apenas no que dá lucro. “A clientela de Chagas não tem dinheiro para pagar o medicamento”, lembra. A proteção das populações “com acesso equitativo a sistemas de saúde abrangentes e eficientes” é um direito humano e um dever dos Estados, conclui a Carta de Istambul, assinada por representantes de 142 países em encontro mundial liderado pelo ex-presidente da Fiocruz Paulo Buss, que cobra ações contra “pobreza e exclusão social, agravadas pela crise estrutural do capitalismo em escala global”. A voz que vem da cidade turca símbolo do encontro entre Ocidente e Oriente não parece sensibilizar grupos de pressão no país mais rico do planeta. Mesmo habituados a um sistema público de educação, combatem ferozmente a tímida proposta do presidente Barack Obama de estruturar sistema que dispute mercado com os gigantes da medicina de mercado. Em debate na Fiocruz, o cientista político Emir Sader diz que os efeitos das políticas neoliberais se resumem “numa imensa e cruel máquina de desapropriação de direitos em todos os planos da vida”. Noutro debate, sobre o projeto de reforma tributária apresentado pelo governo ao Congresso, a economista Denise Lobato Gentil alerta para o risco de desfinanciamento da Seguridade Social. Entrevistado pela revista Caros Amigos, com versão resumida em nossa seção Pós-Tudo, o economista Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), diz que o sistema tributário “tira renda dos pobres e dá aos ricos”, que o mercado de trabalho “reproduz a desigualdade” e que os ricos brasileiros vivem melhor que os da Europa e dos Estados Unidos. Sobre a situação ambiental e das populações no mundo, prevê que, “levado adiante esse modelo de produção e consumo, precisaríamos de três planetas”. Rogério Lannes Rocha Coordenador do Programa RADIS
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherFundação Oswaldo Cruz/ENSP
dc.rightsopen access
dc.titleRADIS - Número 85 - Setembro
dc.typePeriodical


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