Violência por parceiro íntimo na gestação: análise do pré-natal ao puerpério
Intimate partner violence during pregnancy: an analysis from prenatal care to the puerperium
dc.contributor | Pinto, Liana Wernersbach | |
dc.creator | Colonese, Cristiane Ferraz | |
dc.date | 2023-05-23T13:20:18Z | |
dc.date | 2023-05-23T13:20:18Z | |
dc.date | 2022 | |
dc.date.accessioned | 2023-09-27T00:12:27Z | |
dc.date.available | 2023-09-27T00:12:27Z | |
dc.identifier | COLONESE, Cristiane Ferraz. Violência por parceiro íntimo na gestação: análise do pré-natal ao puerpério. 2022. 215 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022. | |
dc.identifier | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58576 | |
dc.identifier.uri | https://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8898527 | |
dc.description | Introdução: sabe-se que durante a gestação a mulher encontra-se em uma fase de maior vulnerabilidade, agravando as consequências do ciclo da violência. Os serviços de atenção primária à saúde são importantes agentes na detecção dos casos de violência contra a gestante. Será no atendimento de pré-natal que a violência pelo parceiro íntimo (VPI) deverá ser abordada com intuito de realizar a identificação precoce do caso e evitar um desfecho perinatal negativo, o aborto e a mortalidade materna. Objetivo: Analisar o fenômeno da violência contra mulheres gestantes por parceiros íntimos e sua relação com os desfechos perinatais negativos e o aborto. Os resultados foram apresentados na forma de quatro artigos. Métodos: Dados secundários (artigos 1 e 2): foram analisados dados de gestantes entre 11 e 49 anos de um banco contendo as informações das fichas do Sistema de Informação de Notificação de violência, de 2011 até 2018. Para determinar os fatores associados à violência pelo parceiro íntimo em gestantes negras, ajustou-se um modelo de regressão logística. Dados primários (artigos 3 e 4): pesquisa de campo com 48 gestantes de um serviço de atenção primária à saúde no Rio de Janeiro. Foram aplicados dois questionários no formato de entrevista, o primeiro durante o pré-natal e o segundo no puerpério. Resultados: Artigo 1 - sobre o perfil da gestante que sofreu violência, esta aconteceu mais em pessoas na faixa etária entre 20 a 29 anos, pretas/pardas, com ensino fundamental incompleto e solteiras. A violência de maior ocorrência foi a física. O parceiro ou ex-parceiro foi o agressor mais descrito. Artigo 2 - gestantes negras com ensino fundamental completo possuem uma chance de sofrer violência pelo parceiro 2,369 vezes a daquelas com superior completo; aquelas que relataram ter sofrido violência física possuem uma chance 86% maior de sofrer violência pelo parceiro. Artigo 3 - a maioria das participantes tinha entre 25-30 anos, eram da raça/cor da pele parda, viviam com parceiro e possuíam ensino médio completo. Referente a agressão psicológica, as mulheres perpetraram mais (79,2%) do que sofreram (64,6%). Artigo 4: A agressão psicológica pelo parceiro durante a gravidez foi descrita por duas participantes que tiveram parto de recém-nascido com baixo peso e por uma gestante que teve parto prematuro. Durante o pré-natal, 31,8% foram questionadas pelo profissional de saúde sobre sofrerem violência ou não. Conclusão: É fundamental que haja uma forma padronizada de rastreio de violência pelo parceiro íntimo durante a gravidez nos serviços de pré-natal. Na ocorrência de um desfecho perinatal negativo é preciso dar atenção especial aos casos em que a VPI possa estar relacionada, como em recém-nascidos com peso menor que 2500 gramas e/ou prematuros, situações de óbito fetal ou neonatal e abortos espontâneos sem causa relacionada. | |
dc.description | Introduction: it is known that during pregnancy the woman is in a phase of greater vulnerability, aggravating the consequences of the cycle of violence. Primary health care services are important agents in detecting cases of violence against pregnant women. It will be in prenatal care that intimate partner violence (IPV) should be addressed to carry out the early identification of the case and avoid a negative perinatal outcome, abortion, and maternal mortality. Objective: Analyze the phenomenon of violence against pregnant women by intimate partners and its relationship with negative perinatal outcomes and abortion. The results were presented in the form of four papers. Methods: Secondary data (papers 1 and 2): data from pregnant women aged between 11 and 49 years were analyzed from a database containing information from the forms of the Violence Notification Information System, from 2011 to 2018. To determine the factors associated with intimate partner violence in black pregnant women, a logistic regression model was fitted. Primary data (papers 3 and 4): field research with 48 pregnant women from a primary health care service in Rio de Janeiro. Two questionnaires were applied in the form of an interview, the first during the prenatal period and the second during the puerperium. Results: Paper 1 - about the profile of pregnant women who suffered violence, this happened more in women aged between 20 and 29 years, black/brown, with incomplete elementary education and single. The most frequent violence was physical. The partner or ex-partner was the most described aggressor. Paper 2 - black pregnant women with complete elementary education are 2.369 times more likely to experience partner violence than those with higher education; those who reported having suffered physical violence had an 86% greater chance of experiencing partner violence. Paper 3 - most participants were between 25-30 years old, were of brown race/color, lived with a partner and had completed high school. Regarding psychological aggression, women perpetrated more (79.2%) than suffered (64.6%). Paper 4: Psychological aggression by the partner during pregnancy was described by two participants who gave birth to a newborn with low birth weight and by a pregnant woman who had a premature birth. During prenatal care, 31.8% were questioned by the health professional about suffering violence or not. Conclusion: It is essential that there is a standardized way of screening intimate partner violence during pregnancy in prenatal services. In the event of a negative perinatal outcome, special attention must be paid to cases in which IPV may be related, such as newborns weighing less than 2500 grams and/or premature infants, situations of fetal or neonatal death and spontaneous abortions without clear reason. | |
dc.format | application/pdf | |
dc.language | por | |
dc.rights | open access | |
dc.subject | Violência Contra a Mulher | |
dc.subject | Gravidez | |
dc.subject | Violência por Parceiro Íntimo | |
dc.subject | Cuidado Pré-Natal | |
dc.subject | Interseccionalidade | |
dc.subject | Violence Against Women | |
dc.subject | Pregnancy | |
dc.subject | Intimate Partner Violence | |
dc.subject | Prenatal Care | |
dc.subject | Intersectionality | |
dc.subject | Violência contra a Mulher | |
dc.subject | Gravidez | |
dc.subject | Violência por Parceiro Íntimo | |
dc.subject | Cuidado Pré-Natal | |
dc.subject | Enquadramento Interseccional | |
dc.subject | Política Pública | |
dc.subject | Estudos de Avaliação como Assunto | |
dc.subject | Estudos Transversais | |
dc.title | Violência por parceiro íntimo na gestação: análise do pré-natal ao puerpério | |
dc.title | Intimate partner violence during pregnancy: an analysis from prenatal care to the puerperium | |
dc.type | Thesis |