dc.creatorRosa, Wendell Ferrari Silveira
dc.creatorPeres, Simone Ouvinha
dc.creatorNascimento, Marcos Antonio Ferreira do
dc.date2019-12-17T11:15:16Z
dc.date2019-12-17T11:15:16Z
dc.date2018
dc.date.accessioned2023-09-27T00:05:50Z
dc.date.available2023-09-27T00:05:50Z
dc.identifierROSA, Wendell Ferrari Silveira; PERES, Simone Ouvinha; NASCIMENTO, Marcos Antonio Ferreira do. "Com alívio" e "sem arrependimento": sentimentos de adolescentes de uma favela do Rio de Janeiro após a experiência de aborto induzido. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
dc.identifier978-85-85740-10-8
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38001
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8897397
dc.descriptionO aborto induzido realizado em contexto clandestino e inseguro é considerado um importante e complexo problema de saúde pública no Brasil. Apesar do crescente aumento de pesquisas nas últimas décadas sobre o fenômeno, pouco se sabe como mulheres adolescentes narram seus sentimentos após a realização deste evento recente da sua trajetória sexual e reprodutiva. Focalizar as narrativas de dez mulheres adolescentes, entre 15 e 17 anos, sobre seus sentimentos em relação à experiência de aborto induzido clandestino, praticado entre 12 e 17 anos, moradoras de uma favela da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. O contato com as participantes foi feito através da técnica “bola de neve”, a partir de uma informante chave. O horário e o local das entrevistas foram escolhidos pelas entrevistadas e a pesquisa contou com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa CFCH/UFRJ. Para a coleta dos dados, foram realizadas entrevistas individuais em profundidade, a partir de um roteiro semiestruturado. A partir de uma perspectiva relacional de gênero e interseccional, esse trabalho apresenta as narrativas das entrevistadas sobre os seus sentimentos após a experiência de aborto induzido realizado em contexto clandestino. As entrevistadas tinham média de 16,3 anos no momento da entrevista e 14,9 anos no momento do aborto. A maioria engravidou de um parceiro denominado “namorado”. A média de idade dos parceiros foi de 25,5. Nenhuma adolescente relatou se arrepender do aborto. Cinco adolescentes relataram se sentirem “aliviadas”. Quatro relataram que não se arrependeram, mas disseram que a experiência foi um “trauma”, devido às precárias condições que o aborto foi realizado. Uma adolescente contou que não se arrependeu do aborto, mas citou que ficou deprimida após o procedimento pois o feto “era uma vida”; e continuou: “mas sei que fiz a coisa certa, não queria colocar alguém no mundo pra sofrer a longo prazo”. Os sentimentos mais evidenciados foram “alívio” e “sem arrependimento”. Os dados contrariam pesquisas sobre os sentimentos femininos após o abortamento, que focalizam o sentimento de culpa. Indaga-se se o aborto induzido pode ser visto de uma forma mais aceitável entre as adolescentes da favela pesquisada ou se a representação da prática do aborto como “inadmissível” pode também ter sofrido mudanças entre as mais jovens na atualidade.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherABRASCO
dc.rightsopen access
dc.subjectAdolescência
dc.subjectNarrativas
dc.subjectAborto induzido
dc.subjectClandestino
dc.subjectInseguro
dc.subjectProblema de saúde pública
dc.title"Com alívio" e "sem arrependimento": sentimentos de adolescentes de uma favela do Rio de Janeiro após a experiência de aborto induzido
dc.typePapers presented at events


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