dc.contributorKodama, Kaori
dc.creatorSalgado, Aline Silva
dc.date2019-01-17T14:39:31Z
dc.date2019-01-17T14:39:31Z
dc.date2018
dc.date.accessioned2023-09-26T23:45:24Z
dc.date.available2023-09-26T23:45:24Z
dc.identifierSALGADO, Aline Silva. A Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904. 2018. 128 f. Dissertação (Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz Rio de Janeiro, 2018
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31112
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8893882
dc.descriptionMeio não formal de divulgação científica, a mídia tem sua função social atrelada à difusão de temas da ciência que impactam no cotidiano da sociedade. Jornalistas e articulistas são, assim, compreendidos como transmissores e produtores do conhecimento científico. Ou, nas palavras de Jean-François Sirinelli, como ―intelectuais-mediadores‖.Com base em referenciais teóricos da Divulgação Científica, da História da Ciência e da Saúde no Brasil, bem como da História do Jornalismo, neste trabalho examinamos como a grande imprensa atuou como mediadora e produtora cultural da ―vulgarização do conhecimento científico‖, termo nativo da época, num momento bastante controverso do debate sanitário e político no Brasil: os meses que antecederam à Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro a partir de 10 de novembro de 1904.Para atingir esse objetivo, analisamos as edições dos jornais Correio da Manhã e Gazeta de Noticias de 1º de janeiro a 10 de novembro de 1904, veículos de expressiva circulação na época e que se posicionaram contra e pró-governo, respectivamente, pela aprovação do projeto de lei que tornava obrigatória a vacinação e revacinação antivariólica, e que levou à Revolta da Vacina.O recorte temporal restrito se justifica pela intensidade dos debates sobre a vacina, consequência do avanço do projeto de Lei no Senado (votado em 20 de julho), e na Câmara, aprovado em caráter definitivo em 26 de outubro. Só no Correio da Manhã, as menções à vacina antivariólica ou à vacinação apareceram 213 vezes no período, sendo 206só no 2º semestre. Escolhemos analisar as discussões antes da Revolta também por considerarmos que as ações de vulgarização científica nos jornais contribuíram para a eclosão do movimento. Ao investigar a maneira como a vulgarização da ciência era feita na grande imprensa, foi possível verificar a complexidade da mediação científica no período, marcado pelo conflito geracional entre culturas científicas e pelos embates que envolviam a cidadania, como o direito à liberdade de decisão sobre o próprio corpo. Nos jornais, dentre as ações de comunicar ou de ―traduzir‖a ciência para um público de não especialistas, destacam-se as colunas de dois grupos de ―intelectuais-mediadores‖: o médico e deputado republicano Bricio Filho, no Correio da Manhã; e os médicos da Associação dos Empregados no Commercio do Rio de Janeiro, republicanos e apoiadores da microbiologia,que escreveram na Gazeta de Noticias. Essas colunas nos apontam para a transformação e migração dos espaços de popularização da ciência, que até o século XIX estiveram presentes nos romances científicos, nas conferências, cursos, museus, exposições e nas revistas e jornais especializados. Além disso, os textos nos fazem refletir sobre o tipo de mediação estabelecida na época, que em certo aspecto considerou o diálogo de mão dupla, isto é, a troca com o público-leitor. Por meio desta dissertação, procuramos trazer um novo olhar para a historiografia da Divulgação Científica, que tem identificado a existência de um vazio nas ações de divulgação científica nos anos iniciais do século XX, segundo aponta Luisa Massarani (1998). Buscamos assim contribuir para os estudos na área
dc.descriptionA non-formal means of scientific dissemination, the press has its social function linked to the diffusion of science themes that impact on the daily life of society. Journalists and writers are seen as transmitters and producers of scientific knowledge. Or, as said by Jean-Francois Sirinelli, as ―intellectuals-mediators‖. Based on the theoretical references of the Science Communication, the History of Science and Health in Brazil, as well as the History of Journalism, in this research we examine how the mainstream media acted as mediator and cultural producer of the "vulgarization of scientific knowledge", popular term of the period, in a very controversial moment for the sanitary and political debate in Brazil: the months that preceded the Vaccine Revolt, occurred in Rio de Janeiro and started at November 10th of 1904. To reach this objective, we analyzed the editions of the newspapers ―Correio da Manhã‖ e ―Gazeta de Notícias‖ from January 1st to November 10th of 1904. Those vehicles had expressive circulation at the time and stand against and pro-government, respectively, for the approval of the law project that made mandatory the vaccination and anti-smallpox revaccination, and that led to the Vaccine Revolt. The restricted temporal cut is justified by the intensity of the debates about the vaccine, as a consequence of the progress of a low project in the Senate (voted on July 20th), and finally approved in the Chamber on October 26th. In a specific look to the ―Correio da Manhã‖, mentions about the smallpox vaccine or vaccination in general appeared 213 times in the period, 206 of it only in the second semester. We chose to analyze also the discussions before the Revolt because we considered that the actions of scientific vulgarization in the newspapers contributed to the outbreak of the movement. During the investigating about the way that scientific vulgarization was carried out by the mainstream media was possible to verify the complexity of scientific mediation in the period characterized by the generational conflict between scientific cultures and the conflicts involving citizenship, such as the right of freedom decision about the own body. In the newspapers among the actions of communication of science for a lay experts the columns of two groups of ―intellectuals-mediators‖ stand out: the doctor and republican deputy Bricio Filho, in ―Correio da Manhã‖; and the doctors of the Association of Employees in the Commerce of Rio de Janeiro, republicans and supporters of microbiology, who wrote in the ―Gazeta de Notícias‖. These newspaper columns point us to the transformation and migration of the spaces of popularization of science, which until the 19th century were present in scientific novels, conferences, courses, museums, exhibitions and specialized magazines and newspapers. Besides that the texts make us reflect on the type of mediation established at the time, which in one side considered the two-way dialogue, that is an exchange between the reader and the audience. Through this paper, we seek to bring a new look to the historiography of Science Communication, which has identified the existence of a void in the actions of Science Communication in the earlies of the twentieth century, according to Luisa Massarani (1998). We seek to contribute to studies in the area
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.subjectDivulgação científica
dc.subjectIntelectuais
dc.subjectRevolta da Vacina
dc.subjectImprensa
dc.subjectRio de Janeiro
dc.subjectScience Communication
dc.subjectIntellectuals
dc.subjectRevolta da Vacina
dc.subjectPress
dc.subjectRio de Janeiro
dc.subjectComunicação e Divulgação Científica
dc.subjectJornais como Assunto
dc.subjectVacinação em Massa/história
dc.subjectProgramas de Imunização/história
dc.subjectHistória do Século XX
dc.subjectBrasil
dc.titleA Revolta contra a vacina: A vulgarização científica na grande imprensa no ano de 1904
dc.typeDissertation


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