Life, work and health of rural women workers in the context of agribusiness in Mato Grosso

dc.contributorHennington, Élida Azevedo
dc.contributorPignatti, Marta Gislene
dc.creatorBeserra, Lucimara
dc.date2023-01-26T22:38:57Z
dc.date2023-01-26T22:38:57Z
dc.date2022
dc.date.accessioned2023-09-26T23:37:57Z
dc.date.available2023-09-26T23:37:57Z
dc.identifierBESERRA, Lucimara. Vida, trabalho e saúde de mulheres trabalhadoras do campo no contexto do agronegócio em Mato Grosso. 2022. 173 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56667
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8892600
dc.descriptionEste estudo teve como objetivo compreender as condições de vida e saúde de trabalhadoras do campo e suas relações com o agronegócio no município de Nova Olímpia, Mato Grosso. Partiu-se do pressuposto que o agronegócio, um modelo de produção capitalista no campo e de exploração da natureza, baseado na concentração de terras, monoculturas e no uso intensivo de produtos químicos, contribui para o aprofundamento das desigualdades sociais, de gênero e raça, repercutindo no processo saúde-doença e nas condições de vida e trabalho. Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, com doze entrevistas semiestruturadas, sendo onze trabalhadoras de assentamentos e comunidades rurais, e uma trabalhadora assalariada da usina sucroalcooleira. Para categorização e análise dos dados, utilizou-se a análise temática e os aportes teóricos da ergologia e da interseccionalidade. A ergologia investiga do ponto de vista de quem trabalha o debate de normas e valores que recria de forma contínua e permanente a atividade humana. A interseccionalidade discute as relações de poder de gênero, classe e raça que se entrelaçam e se sobrepõem na sociedade, ancorando-se em sistemas de poder - capitalismo, racismo e patriarcado -, que tendem a afetar, discriminar e excluir pessoas e grupos. No trabalho feminino assalariado rural, identificou-se o desenvolvimento da atividade de produção de mudas e a trajetória de trabalho no plantio e corte de cana-de-açúcar na usina sucroalcooleira, em condições desgastantes de trabalho e permeado por discriminações de gênero. No trabalho das mulheres nos assentamentos destacaram-se as longas jornadas de trabalho, a alta demanda física, o baixo retorno financeiro e a sobrecarga de atividades produtivas e reprodutivas, trabalho doméstico e de cuidado, ligadas à divisão sexual do trabalho. Foram referidos doenças e agravos como distúrbios osteomusculares, adoecimentos mentais, casos de hanseníase e de violência doméstica, e exposição à agrotóxicos. Falta de água para manter a produção agrícola e pecuária e poucos incentivos públicos para a agricultura familiar, foram apontados como problemas, compondo um cenário de vulnerabilização socioambiental. No contexto de fortalecimento político, econômico e social do agronegócio no município e em Mato Grosso, persiste a realidade histórica brasileira de condições precárias de vida das trabalhadoras do campo. É necessário políticas públicas de incentivo à agricultura familiar e agroecologia e o fortalecimento da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas, bem como da organização política das mulheres do campo.
dc.descriptionThis study aimed to understand the living and health conditions of rural women working and their relations with agribusiness in the city of Nova Olímpia, Mato Grosso. It started from the assumption that agribusiness, a model of capitalist production in the countryside and exploitation of nature, based on the concentration of land, monocultures and the intensive use of agrochemical, contributes to the deepening of social, gender and race inequalities, having repercussions in the health-disease process and in life and work conditions. Qualitative research was developed, with twelve semi-structured interviews, eleven of which were workers from rural settlements and communities, and one was a salaried worker at the sugar and alcohol plant. For data categorization and analysis, thematic analysis and theoretical contributions from ergology and intersectionality were used. Ergology investigates from the point of view of those who work the debate of norms and values that continuously and permanently recreates human activity. Intersectionality discusses the power relations of gender, class and race that intertwine and overlap in society, anchored in systems of power - capitalism, racism and patriarchy - that tend to affect, discriminate and exclude people and groups. In rural salaried female work, the development of the activity of seedling production and the trajectory of work in the planting and cutting of sugarcane in the sugar and alcohol plant were identified, in exhausting working conditions and permeated by gender discrimination. In the work of women in the settlements, the long working hours, the high physical demand, the low financial return and the overload of productive and reproductive activities, domestic work and care, linked to the sexual division of labor, stood out. Diseases and aggravations such as musculoskeletal disorders, mental illness, cases of leprosy and domestic violence, and exposure to pesticides were mentioned. Lack of water to maintain agricultural and livestock production and few public incentives for family farming were identified as problems, composing a scenario of socio-environmental vulnerability. In the context of political, economic and social strengthening of agribusiness in the city and in Mato Grosso, the Brazilian historical reality of precarious living conditions of rural women workers persists. There is a need for public policies to encourage family farming and agroecology and the strengthening of the National Policy for the Integral Health of Rural, Forest and Water Populations, as well as the political organization of rural women.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.subjectErgologia
dc.subjectInterseccionalidade
dc.subjectSaúde da População Rural
dc.subjectMulheres Trabalhadoras
dc.subjectSaúde do Trabalhador
dc.subjectRural Health
dc.subjectWomen, Working
dc.subjectOccupational Health
dc.subjectErgology
dc.subjectIntersectional Framework
dc.subjectSaúde da População Rural
dc.subjectMulheres Trabalhadoras
dc.subjectSaúde do Trabalhador
dc.subjectEnquadramento Interseccional
dc.subjectAgroindústria
dc.subjectCondições Sociais
dc.subjectProcesso Saúde-Doença
dc.subjectTranstornos Traumáticos Cumulativos
dc.subjectDoenças Transmissíveis
dc.subjectSaúde Mental
dc.subjectViolência
dc.subjectExposição a Praguicidas
dc.subjectAcesso aos Serviços de Saúde
dc.subjectCondições de Trabalho
dc.subjectPesquisa Qualitativa
dc.titleVida, trabalho e saúde de mulheres trabalhadoras do campo no contexto do agronegócio em Mato Grosso
dc.titleLife, work and health of rural women workers in the context of agribusiness in Mato Grosso
dc.typeThesis


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