dc.contributorPossas, Cristina de Albuquerque
dc.contributorGeisler, Adriana Ribeiro Rice
dc.creatorSilva, Marcio Azevedo da
dc.date2018-03-19T16:39:48Z
dc.date2018-03-19T16:39:48Z
dc.date2015
dc.date.accessioned2023-09-26T23:12:03Z
dc.date.available2023-09-26T23:12:03Z
dc.identifierSILVA, Marcio Azevedo da. Candomblé e SUS: diálogos sobre biossegurança nos terreiros. 2015. 135 f. Mestrado (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Rio de Janeiro, 2015.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25389
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8887947
dc.descriptionIntrodução: O candomblé, para além de religião, é parte constituinte e expressão da cultura brasileira. Sua história mistura-se com a do negro africano que, expatriado, abasteceu o mercado escravo do Brasil colônia por quase 400 anos. Trata-se de uma religião brasileira de matrizes africanas, iniciática, essencialmente sacrificial e com práticas rituais que requerem cuidados de biossegurança, atestados tanto pelos adeptos quanto pelo Ministério da Saúde, sem, contudo, existirem medidas formais que garantam a proteção da saúde desta população. Além disso, o confronto entre a literatura biomédica e aquela especializada nas religiões afro-brasileiras revela uma lacuna de conhecimento tangente a essa questão. Objetivo: investigar os saberes e práticas dos candomblecistas frente ao risco de transmissão de doenças infecciosas relacionadas à sua prática religiosa, refletindo sobre o papel e a atuação do SUS na garantia do direito à saúde desse grupo. Metodologia: estudo de abordagem qualitativa, a partir dos pressupostos da comunidade ampliada de pesquisa (CAP), utilizada aqui simultaneamente como recurso pedagógico e de produção de dados. Os sujeitos da pesquisa foram os candomblecistas. Os dados foram produzidos por meio de rodas de conversa e de observação participante, com gravações de áudio e registros em diário de campo Resultados: no campo foram observados dois conjuntos de práticas: (a) cotidianas (manutenção do terreiro e o trabalho na cozinha), que envolvem saberes populares, religiosos e científicos; e (b) ritualísticas, que mobilizam saberes tradicionais destas religiões. No âmbito destas práticas foram identificados riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Todavia, a gestão da biossegurança neste universo tem como condicionantes e determinantes questões como: tradição religiosa; crença e fé; ethos do grupo; condições financeiras; e relações de poder intra, inter e extra-grupais. Quanto ao papel e atuação do SUS, é possível concluir que a ausência de medidas de proteção da saúde deste grupo o coloca em situação de vulnerabilidade às doenças infecciosas e outras, contrariando o direito humano à saúde e os princípios da universalidade, integralidade e equidade. Por fim, a CAP se mostrou como potente dispositivo pedagógico e de mobilização popular para as lutas pela conquista da saúde e afirmação da vida
dc.descriptionIntroduction: The candomblé (African-Brazilian religion), beyond religion is constituent part and expression of the Brazilian culture. Its history is mixed with the African people one, that expatriate fueled the slave market in Brazil colony for nearly four hundred years. It is a Brazilian religion of African origin, initiation, essentially sacrificial and ritual practices that require biosafety care, certified by both, the religious people and by the Ministry of Health. However, there are no formal measures to ensure the protection of the health of this population. Moreover, the confrontation between the biomedical literature and that specialized in African-Brazilian religions reveals a tangent knowledge gap on this issue. Objectives: to investigate the knowledge and practices of candomblecistas against the risk of transmission of infectious diseases related to their religious practice, reflecting on the role and performance of SUS in guaranteeing the right to health of this group. Methodology: qualitative study, based on the assumptions of the extended research community (CAP), used here both as a pedagogical resource and data production. The research subjects were the candomblecistas. The data was produced through conversation circles and participant observation, with audio recordings and records in a field diary Results: On those candomblés two groups of practices were observed: (a) daily (terreiro maintenance and work in the kitchen), involving popular, religious and scientific knowledge; and (b) ritual, mobilizing traditional knowledge of these religions. Within these practices were identified physical, chemical, biological, ergonomic and accident risks. However, biosafety management in this universe has the conditioning and determining issues such as religious tradition; belief and faith; ethos of the group; financial conditions; and relations of power inside, inter and extra-group. About the role and SUS coverage, you can conclude that the absence of health protection measures in this group puts on vulnerable to infectious diseases and others, contrary to the human right to health and the principles of universality, integrality and equity. Finally, the CAP has been shown as a powerful pedagogical device and popular mobilization for the struggle for health achievement and affirmation of life
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.subjectDoenças Transmissíveis
dc.subjectExposição a Agentes Biológicos
dc.subjectSistema Único de Saúde
dc.subjectComportamento Ritualístico
dc.titleCandomblé e SUS: diálogos sobre biossegurança nos terreiros
dc.typeDissertation


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