Análise de fatores prognósticos para eventos adversos em pacientes com leucemia linfoblástica aguda tratados com transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas no Rio de Janeiro entre 2008 e 2014 – Um estudo de coorte retrospectivo
Analysis of prognostic factors for adverse events in patients with Acute lymphoblastic leukemia treated with allogeneic transplantation of hematopoietic stem cells in Rio de Janeiro between 2008 and 2014 – One retrospective cohort study
dc.contributor | Pacheco, Antonio Guilherme Fonseca | |
dc.creator | Arcuri, Leonardo Javier | |
dc.date | 2021-11-08T14:48:53Z | |
dc.date | 2021-11-08T14:48:53Z | |
dc.date | 2015 | |
dc.date.accessioned | 2023-09-26T22:57:33Z | |
dc.date.available | 2023-09-26T22:57:33Z | |
dc.identifier | ARCURI, Leonardo Javier. Análise de fatores prognósticos para eventos adversos em pacientes com leucemia linfoblástica aguda tratados com transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas no Rio de Janeiro entre 2008 e 2014 - Um estudo de coorte retrospectivo. 2015. 84 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015. | |
dc.identifier | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49719 | |
dc.identifier.uri | https://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8885209 | |
dc.description | INTRODUÇÃO: A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é uma das principais indicações de transplante alogênico de medula óssea. Há poucos dados nacionais descrevendo resultados na população brasileira. OBJETIVO: Os objetivos foram analisar fatores de risco para óbito, recaída de LLA, doença do enxerto contra hospedeiro pós-transplante e reativação de citomegalovirus (CMV) pós-tranpslante. METODOLOGIA: É um estudo retrospectivo, unicêntrico, que analisou pacientes com LLA tratados com transplante de medula óssea entre 2008 e 2014. As análises para sobrevida global foram feitas por modelo de Cox, e as análises de DECH e recaída, considerando os riscos competitivos. A análise de fatores de risco para reativação de CMV foi feita por modelo de Cox considerando riscos competitivos e dados correlacionados (eventos múltiplos). RESULTADOS: Foram incluídos 82 pacientes. A idade mediana foi de 13 anos (71% eram menores de 18 anos), e 76% dos pacientes eram do sexo masculino. Com tempo mediano de acompanhamento de 3 anos, houve 40 (49%) óbitos (sendo 19 em remissão), 24 (29%) recaídas, 42 (51%) DECHa graus II-IV e 32 (39%) DECHc. Os fatores de risco para óbito identificados pelo modelo múltiplo foram: status de doença pré-transplante intermediário (HR=4,9; IC95 1,7-13,9, p<0,01) e avançado (HR=5,0; IC95 1,5-16,0, p<0,01), fonte de células-tronco de sangue periférico mobilizado (HR=2,8; IC95 1,1-6,7, p=0,03) e, nos primeiros 180 dias, cor não-branca (HR=5,7; IC95 1,2-14,1, p<0,001). Em transplantes aparentados, a dose de TBI>10Gy, a despeito de uma mortalidade inicial maior (HR=4,1; IC95 1,0-12, p=0,06), teve um resultado melhor após 6 meses (HR=0,2; IC95 0,01-2,1, interação positiva, p=0,01), levando a uma maior sobrevida global em 3 anos (66% contra 43%). Os fatores de risco identificados para DECHa graus II-IV foram todos associados à doença de base: status avançado (HR=3,4; IC95 1,1-10,8, p=0,04) e Ph+ (HR=2,4; IC95 1,0-5,7, p=0,04). Para DECHc, DECH aguda prévia (HR=9,0; IC95 2,4-33,5, p=0,001) e doadora do sexo feminino (HR=2,9; IC95 1,3-6,6, p<0,01). Houve ainda 77 reativações de CMV em 42 (51%) pacientes. Não houve aumento de risco para nova reativação após a primeira. Os seguintes fatores de risco se associaram a qualquer episódio de reativação de CMV: uso de sangue de cordão umbilical e placentário (HR=2,47, IC95 1,10 – 5,56, p=0,03), Doença do enxerto contra hospedeiro graus II-IV (HR=1,76, IC95 1,02 – 3,04, p=0,04), transplante não aparentado (HR=2,86, IC95 1,33 – 6,15, p=0,007) e idade > 35 anos (HR=2,61, IC95 1,08 – 6,28, p=0,03). O modelo até o primeiro evento não identificou os seguintes fatores de risco: fonte sangue de cordão (HR=1,42; IC95 0,57 – 3,53, p=0,45) e DECHa (HR=1,89; IC95 0,95 – 3,75, p=0,07). CONCLUSÃO: Em transplantes aparentados, doses de TBI ≤ 10Gy devem ser evitadas pois os resultados a longo prazo são piores. A fonte de células-tronco preferencial deve ser medula óssea. O perfil de fatores de risco para DECHa levanta a possibilidade de um efeito iatrogênico, relacionado ao manejo da imunossupressão no pós-transplante. Na nossa população, a cor não-branca se relacionou com a mortalidade precoce, mostrando que a avaliação da rede de suporte extrahospitalar deve fazer parte da avaliação pré-transplante. A reativação de CMV se correlacionou com variáveis que, na literatura, estão associadas a maior imunossupressão ou a recuperação imunológica deficiente. O modelo de Cox considerando riscos competitivos e eventos múltiplos se ajustou bem aos dados e se mostrou adequado para este tipo de análise. | |
dc.description | INTRODUCTION: Acute lymphoblastic leukemia (ALL) is a leading allogeneic bone marrow transplantation indication. There are few national data describing results in Brazilian population. OBJECTIVE: To analyze risk factors for death, relapse of ALL, graft versus host and post-transplant cytomegalovirus reactivation (CMV) post-tranpslant. METHODS: This is a retrospective single-center study which included patients with ALL treated with bone marrow transplantation between 2008 and 2014. Overall survival was analyzed by Cox proportional hazards model. For GVHD and relapse, competing risks were considered. The analysis of risk factors for reactivation of CMV was made by Cox model considering competitive risks and correlated data (multiple events). RESULTS: We included 82 patients. The median age was 13 years (71% were under 18 years), and 76% of patients were male. With median follow-up time of 3 years, there were 40 (49%) deaths (including 19 in remission), 24 (29%) relapses, 42 (51%) GVHD grades II-IV and 32 (39%) chronic GVHD. Risk factors for death identified by the multivariate model were: pretransplant CIBMTR disease status intermediate (HR = 4.9, 95 1.7 to 13.9, p <0.01) and advanced (HR = 5.0; IC95 from 1.5 to 16.0, p <0.01), mobilized peripheral blood stem cells source (HR = 2.8, 95 from 1.1 to 6.7, p = 0.03) and, in the first 180 days, non-white color (HR = 5.7, 95 1.2 to 14.1, p <0.001). In sibling transplants, TBI dose higher than 10 Gy, despite an initial higher mortality (HR = 4.1, 95 1.0 to 12, p = 0.06), had a better outcome after 6 months (HR = 0.2, 95 0.01 to 2.1, positive interaction, p = 0.01), leading to greater overall survival at 3 years (66% vs. 43%). Risk factors identified for GVHD grades II-IV were all associated to underlying disease factors: advanced status (HR = 3.4, 95 1.1 to 10.8, p = 0.04) and Ph + (HR = 2, 4; IC95 1.0-5.7, p = 0.04). For chronic GVHD, prior acute GVHD (HR = 9.0, 95 2.4 to 33.5, p = 0.001) and female donor (HR = 2.9, 95 1.3 to 6.6, p <0.01). There were also 77 CMV reactivation in 42 (51%) patients. Prior reactivation conferred no increased risk for subsequent reactivations. The following risk factors were associated with any episode of reactivation of CMV: use of umbilical cord blood (HR = 2.47, 95 1.10 to 5.56, p = 0.03), graft versus host disease grades III-IV (HR = 1.76, 95 1.02 - 3.04, p = 0.04), unrelated donor (HR = 2.86, 95 1.33 - 6.15, p = 0.007 ), and age> 35 years (HR = 2.61, 95 1.08 - 6.28, p = 0.03). The model until the first event have not identified the following risk factors: cord blood (HR = 1.42, 95 0.57 to 3.53, p = 0.45) and GVHD (HR = 1.89; 95 0.95 - 3.75, p = 0.07). CONCLUSION: In sibling transplants, doses of 10 Gy TBI ≤ should be avoided because long term results are worse. The preferred source of stem cells should be bone marrow. The profile of risk factors for GVHD raises the possibility of an iatrogenic effect, related post transplant immunosuppression handling. In our population, early mortality was higher in non-white, showing that assessment of extrahospitalar support network should be a part of pre transplant evaluation. Reactivation of CMV was correlated with variables classically associated to increased immunosuppression or impaired immune recovery. Cox model considering competing risks and multiple events adjusted well to the data and proved suitable for this type of analysis. | |
dc.format | application/pdf | |
dc.language | por | |
dc.rights | open access | |
dc.subject | Humans | |
dc.subject | Precursor Cell Lymphoblastic Leukemia-Lymphoma | |
dc.subject | Transplantation, Homologous | |
dc.subject | Hematopoietic Stem Cell Transplantation | |
dc.subject | Bone Marrow Transplantation | |
dc.subject | Prognosis | |
dc.subject | Survival Analysis | |
dc.subject | Risk Factors | |
dc.subject | Cohort Studies | |
dc.subject | Transplantation | |
dc.subject | Humanos | |
dc.subject | Leucemia-Linfoma Linfoblástico de Células Precursoras | |
dc.subject | Transplante Homólogo | |
dc.subject | Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas | |
dc.subject | Transplante de Medula Óssea | |
dc.subject | Prognóstico | |
dc.subject | Análise de Sobrevida | |
dc.subject | Fatores de Risco | |
dc.subject | Estudos de Coortes | |
dc.subject | Transplante | |
dc.title | Análise de fatores prognósticos para eventos adversos em pacientes com leucemia linfoblástica aguda tratados com transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas no Rio de Janeiro entre 2008 e 2014 – Um estudo de coorte retrospectivo | |
dc.title | Analysis of prognostic factors for adverse events in patients with Acute lymphoblastic leukemia treated with allogeneic transplantation of hematopoietic stem cells in Rio de Janeiro between 2008 and 2014 – One retrospective cohort study | |
dc.type | Dissertation |