Oral health care in the LGBTQIA+ population

dc.contributorGirianelli, Vania Reis
dc.creatorSoares, Michele de Oliveira
dc.date2023-01-26T22:04:25Z
dc.date2023-01-26T22:04:25Z
dc.date2022
dc.date.accessioned2023-09-26T22:28:28Z
dc.date.available2023-09-26T22:28:28Z
dc.identifierSOARES, Michele de Oliveira. Assistência à saúde bucal na população LGBTQIA+. 2022. 54 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56663
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8879699
dc.descriptionNo século XX a odontologia passou por diversos avanços, inicialmente um modelo de saúde higienista, centrado na doença, que precisou se alinhar a uma nova prática odontológica proposta pelo movimento da Reforma Sanitária. O processo de consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), e seus princípios doutrinários e organizacionais, demandou uma reorganização e reestruturação das ações e serviços de saúde bucal, rompendo com práticas obsoletas e técnicas pouco resolutivas que não correspondiam às necessidades da sociedade. Esse estudo surge pela ausência de informação sobre a saúde bucal da população LGBTQIA+ e pelo desmonte da PNSB. O objetivo é analisar a assistência à saúde bucal da população LGBTQIA+, sob a perspectiva do usuário. Foi realizada uma pesquisa epidemiológica observacional do tipo transversal descritivo para conhecer a utilização e dificuldade de assistência à saúde bucal dessa população. Responderam ao questionário online 359 pessoas, sendo elegíveis 329 (91,9%). Dessas 38,0% eram gays, 23,4% lésbicas e 13,4% transgêneros(as). A maioria tinha entre 18 e 39 anos (73,3%) e negros(as) (51,4%). A prevalência de assistência nos cinco anos anteriores a entrevista foi alta (93,7%), em particular nos seis meses anteriores a entrevista (44,7%). A prevalência entre brancos(as) e negros(as) foi similar, mas na população transgênera foi a prevalência mais baixa (88,6%), principalmente nos últimos seis meses (18,2%). Apenas 18,8% dos(as) participantes do estudo foram atendidos na rede pública, mas foi proporcionalmente maior entre os(as) transgêneros(as) (45,5%). A minoria informou ter tido dificuldade de assistência (24,9%), mas foi proporcionalmente maior entre a população transgênera (54,5%), que também teve mais discriminação (13,6%), especialmente por LGBTfobia. A dificuldade de acesso à assistência foi particularmente devido a morosidade ou impossibilidade de agendamento (40,2%) e financeira (22,0%). A perda dentária também foi proporcionalmente maior entre transgêneros(as) (61,4%; p = 0,040). A principal causa informada pelos(as) participantes foi cárie, doença periodontal ou abcesso (29,8%), seguido de má higiene oral, falta de cuidado ou interrupção do tratamento (19,9%). Dentre os que tiveram perda dentária (151), 72,8% foi de menos de cinco elementos (72,8%). A maioria dos(as) participantes informou preferir ser atendido por profissional LGBT (69,0%). A autopercepção da saúde bucal para maioria dos(as) participantes do estudo foi boa ou muito boa (53,2%), bem como para cisgêneros(as) (57,5%), lésbicas (61,0%) e negros(as) (43,7%); mas para os(as) transgêneros(as) foi ruim ou muito ruim (45,5%). O 6estudo contribuiu de forma inédita por contemplar a saúde bucal da população LGBTQIA+. A carência de estudos em outros países e ausência de pesquisas nacionais, reforça e evidencia a invisibilidade na formação profissional e pesquisas em saúde. Premente a promoção e proteção do direito à livre orientação sexual e identidade de gênero que auxiliará no enfrentamento às desigualdades sociais inerentes à saúde da população LGBTQIA+.
dc.descriptionIn the 20th century, dentistry underwent several advances, initially a hygienist health model, centered on disease, which had to align itself a new dental practice proposed by the Sanitary Reform movement. The consolidation process of the Unified Health System (SUS), and its doctrinal and organizational principles, demanded a reorganization and restructuring of oral health actions and services, breaking with obsolete practices and unresolving techniques that did not correspond to the needs of society. This study arises from the lack of information on the oral health of the LGBTQIA+ population and the dismantling of the PNSB. The objec- tive is to analyze the oral health care of the LGBTQIA+ population, from the user's perspec- tive. Descriptive cross-sectional research was carried out to know the use and difficulty of oral health care in this population. A total of 359 people responded to the online questionnaire and 329 (91.9%) were eligible. Of these, 38.0% were gay, 23.4% lesbian and 13.4% transgender. Most were between 18 and 39 years old (73.3%) and black (51.4%). The preva- lence of assistance in the five years prior to the interview was high (93.7%), particularly in the six months prior to the interview (44.7%). The prevalence among whites and blacks was simi- lar, but in the transgender population it was the lowest prevalence (88.6%), mainly in the last six months (18.2%). Only 18.8% of the study participants were seen in the public network, but it was proportionally higher among transgender people (45.5%). The minority reported having difficulty with assistance (24.9%), but it was proportionally higher among the transgender population (54.5%), who also experienced more discrimination (13.6%), especial- ly for LGBTphobia. The difficulty in accessing assistance was particularly due to delays or impossibility of scheduling (40.2%) and financial (22.0%). Tooth loss was also proportionally higher among transgender people (61.4%; p = 0.040). The main cause reported by the partici- pants was caries, periodontal disease or abscess (29.8%), followed by poor oral hygiene, lack of care or interruption of treatment (19.9%). Among those who had tooth loss (151), 72.8% had less than five elements (72.8%). Most participants reported preferring to be attended by an LGBT professional (69.0%). The self-perception of oral health for most study participants was good or very good (53.2%), as well as for cisgenders (57.5%), lesbians (61.0%) and blacks (43.7%); but for transgender people it was bad or very bad (45.5%). The study contrib- uted in an unprecedented way by contemplating the oral health of the LGBTQIA+ population. The lack of studies in other countries and the absence of national research reinforces and highlights the invisibility of professional training and health research. There is an urgent need to promote and protect the right to free sexual orientation and gender identity, which will help to tackle the social inequalities inherent to the health of the LGBTQIA+ population.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.subjectPessoas LGBTQIA+
dc.subjectDireitos Humanos
dc.subjectSaúde Bucal
dc.subjectInterseccionalidade
dc.subjectHuman Rights
dc.subjectLGBT Persons
dc.subjectOral Health
dc.subjectIntersectionality
dc.subjectDireitos Humanos
dc.subjectMinorias Sexuais e de Gênero
dc.subjectSaúde Bucal
dc.subjectEnquadramento Interseccional
dc.subjectEstudos Observacionais como Assunto
dc.subjectInvestigação Epidemiológica
dc.titleAssistência à saúde bucal na população LGBTQIA+
dc.titleOral health care in the LGBTQIA+ population
dc.typeDissertation


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