Breaks and meetings: challenges of the Brazilian psychiatric reform

dc.contributorAmarante, Paulo Duarte de Carvalho
dc.creatorYasui, Silvio
dc.date2012-09-05T18:23:53Z
dc.date2012-09-05T18:23:53Z
dc.date2006
dc.date.accessioned2023-09-26T20:45:02Z
dc.date.available2023-09-26T20:45:02Z
dc.identifierYASUI, Silvio. Rupturas e encontros: desafios da reforma psiquiátrica brasileira. 2006. 208 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2006.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4426
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8863202
dc.descriptionO presente estudo aborda a Reforma Psiquiátrica brasileira tendo como eixo de análise quatro dimensões postuladas por Paulo Amarante que a caracteriza como um Processo Social Complexo. Na dimensão jurídico-política, que aqui renomeamos como política, através de uma análise do percurso histórico da Reforma Psiquiátrica, propõe-se destacar as tensões e conflitos decorrentes das ações dos diferentes atores sociais que provocam e interrogam a relação entre Estado e Sociedade. Na dimensão epistemológica, busca-se estabelecer uma relação entre a transição paradigmática das ciências, tal como proposto por diversos autores críticos da racionalidade cientifica moderna, e a ruptura epistemológica em relação à psiquiatria tradicional, presente nos princípios da Reforma Psiquiátrica. Ao propor a construção de um novo olhar sobre a loucura, sobre o sofrimento psíquico, a Reforma Psiquiátrica aponta para a construção de novos saberes e de novas práticas sociais, em um processo semelhante à produção de conhecimento a partir de novos paradigmas sobre a verdade científica. Na dimensão técnico-assistencial propõe-se realizar uma análise dos principais conceitos que norteiam a produção de cuidados dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), aqui entendido não apenas como um serviço, mas como uma estratégia que produz uma ruptura com o modelo assistencial hegemônico. Na dimensão sócio-cultural, busca-se apresentar as possibilidades de se obter uma transformação no processo de formação de profissionais, principais agentes responsáveis pela construção de um novo lugar social para a loucura, por meio de uma reflexão sobre o trabalho que desenvolvo na Universidade com estagiários e profissionais recém-formados. Na conclusão deste trabalho apresentamos a hipótese de que, por sua complexidade, diversidade e abrangência, a Reforma Psiquiátrica não pode e não deve ser confundida com uma modificação na estrutura dos serviços de saúde ou de mudança nas instituições. Sua natureza é mais ampla. A Reforma Psiquiátrica é um processo civilizador. Um processo que no encontro cotidiano com o sofrimento, por vezes intenso, produz uma ruptura com os modelos hegemônicos e busca inventar dispositivos diferentes de cuidado diversificando ações, tecendo uma rede com o território, inventando formas de sociabilidade, produzindo valor social, construindo uma ética, insistindo em sonhar com um outro mundo possível.
dc.descriptionThis research describes an approach to Brazilian Psychiatric Reform where focus the analysis axis on Paulo Amarante’s four dimensions for characterizing Psychiatric Reform as a Complex Social Process. Amarante’s first dimension is concerned with the judicial-political dimension (renamed here as the politic dimension) and the historical Psychiatric Reform path. With these dimension one can point out tensions and conflicts of participants’ actions and thereby call into question the relationship between government and society. Amarante’s second dimension is epistemology, where the aim is to establish a relation and a parallel between paradigm transition in science – as purposed for many critical authors from the perspective of modern rational science – and the epistemological rupture in traditional psychiatric. The third dimension focuses on technical assistance. The aim is to create a map and an analysis of the CAPS’s principal concepts of health care production. Here, health care does not simply refer to the health care services, but is viewed as a strategy that produces a rupture within the hegemonic assistance model. At the fourth, social-cultural dimension the aim is to present the possibilities of creating a transformation in the professional’s training process by examining the mainly responsible for the construction of a new social place for madness. The question is explored through reflection about the author’s work developed at the university with students and new professionals. This research shows that the hypothesis of the Psychiatric Reform, for its complexity, diversity ah recovery, can not be taken as the transformation of the structure of health care services or as change in the institution. Its nature is much more amplified. Psychiatric Reform is a civilizing process. It is a process that, in the daily encounter with those who suffer – sometimes those who suffer intensely – produces a rupture with hegemonic models and thereby invents different modes of care by diversifying actions and connecting with the territory, thereby inventing possibilities for sociability, social values, and ethics which, in turn, creates the possibility of another world.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.subjectSaúde Mental
dc.subjectReforma dos Servicos de Saúde
dc.subjectMudança Social
dc.subjectServiços de Saúde Comunitária
dc.subjectPsychiatry
dc.subjectMental Health
dc.subjectHealth Care Reform
dc.subjectSocial Change
dc.subjectCommunity Health Services
dc.subjectPsiquiatria
dc.subjectSaúde Mental
dc.subjectReforma dos Serviços de Saúde
dc.subjectMudança Social
dc.subjectServiços de Saúde Comunitária
dc.titleRupturas e encontros: desafios da reforma psiquiátrica brasileira
dc.titleBreaks and meetings: challenges of the Brazilian psychiatric reform
dc.typeThesis


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