dc.contributorSantos, Flavia Barreto dos
dc.contributorNogueira, Rita Maria Ribeiro
dc.contributorLemos, Elba Regina Sampaio
dc.contributorBrasil, Patrícia
dc.contributorAzevedo, Renata Campos de
dc.contributorCarvalho, Jorge José de
dc.contributorVieira, Débora Ferreira Barreto
dc.contributorCarvalho, Amanda Torrentes de
dc.contributorCosta, Filipe Anibal Carvalho
dc.creatorNunes, Priscila Conrado Guerra
dc.date2019-08-01T16:07:46Z
dc.date2019-08-01T16:07:46Z
dc.date2018
dc.date.accessioned2023-09-26T20:44:28Z
dc.date.available2023-09-26T20:44:28Z
dc.identifierNUNES, Priscila Conrado Guerra. Aspectos epidemiológicos, virológicos e patológicos de casos fatais suspeitos de dengue ocorridos entre 1986 e 2015. 2018. 257 f. Tese (Doutorado em Medicina Tropical)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34565
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8863018
dc.descriptionNos últimos 32 anos, extensas epidemias de dengue, com emergência e reemergência dos diferentes sorotipos ocorreram no Brasil. A infecção possui um amplo espectro, que varia desde formas assintomáticas até quadros graves que podem resultar no óbito. Nesta tese, visamos analisar casos fatais de dengue ocorridos no Brasil em 30 anos (1986-2015), realizando estudos que englobaram três aspectos importantes para o entendimento deste desfecho: epidemiológico, virológico e patológico. Inicialmente, realizou-se uma revisão sobre os óbitos por dengue ocorridos no Brasil no período, utilizando os dados secundários epidemiológicos obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), ambos mantidos pelo Ministério da Saúde. Os casos foram analisados por região, variáveis demográficas, classificação clínica, com base nos dados disponíveis. A análise de 30 anos revelou que a região Sudeste registrou 43% dos óbitos por dengue no país, seguidos pela região Centro-Oeste. Após o ano de 2000, todos os estados reportaram óbitos, com exceção de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entre 2011 e 2015, Goiás tornou-se o estado com maior taxa de mortalidade de todo o país e o Rio Grande do Sul relatou os primeiros óbitos por dengue. Na casuística, uma distribuição homogênea entre o sexo foi observada e casos fatais por dengue foram mais frequentes em indivíduos acima de 15 anos no período entre 1986 e 2006. No entanto, este cenário mudou em 2007-2008, com taxas de mortalidade mais elevadas em crianças até 14 anos. Um estudo posterior, baseado na vigilância laboratorial realizada pelo Laboratório de Flavivírus (LabFla/FIOCRUZ), Laboratório de Referência Regional no mesmo período corroborou muitas das observações do reportado para o país, principalmente em relação às regiões e faixas etárias mais acometidas Dos óbitos suspeitos investigados na casuística do LabFla/FIOCRUZ, 34,2% (359/1047) foram confirmados e DENV-1 (11,1%), DENV-2 (43,9%), DENV-3 (32,8%) e DENV-4 (13,7%) foram detectados. Em geral, uma maior frequência dos óbitos foi associada às infecções primárias (59,3%). No entanto, em 2008, os casos fatais foram principalmente associados às infecções secundárias. Além disso, crianças infectadas pelo DENV-2 apresentaram maiores chances de evoluir ao óbito. Considerando os componentes virais, foi demonstrado que casos fatais por dengue apresentaram uma maior antigenemia de NS1 e viremia do que casos não fatais, e estes níveis variaram de acordo com o sorotipo infectante. Independentemente do desfecho, os casos por DENV-1 apresentaram níveis mais elevados de NS1. Análises histopatológicas foram realizadas em placenta, cordão umbilical e órgãos fetais de casos de óbitos materno-fetal, causadas pelo DENV-2 e DENV-4. Foram observados diferentes tipos de anormalidades teciduais que incluíram inflamação, hemorragia, edema, necrose na placenta, bem como desorganização tecidual no feto, como parênquima esponjoso cerebral, inflamação microglial, esteatose, hialinose arteriolar, células inflamatórias nos septos alveolares e desorganização do folículo linfoide esplênico. O aumento de macrófagos, células de Hofbauer e linfócitos TCD8+, bem como a regulação de mediadores inflamatórios como IFN-\03B3, TNF-\03B1, RANTES/CCL5, MCP1/CCL2 e VEGF/R2 foram detectados no fígado, pulmão, baço, cérebro e placenta, indicando a inflamação dos tecidos periféricos da placenta e do feto. A detecção das proteínas virais NS1 e NS3 em macrófagos e endotélio sugere replicação viral. Embora os componentes virais podem ser fatores que influenciam o desfecho da doença, o estado imunológico do hospedeiro, comorbidades e a qualidade do suporte médico, no entanto, não podem ser descartados como interferentes no desfecho da doença.
dc.descriptionIn the last 32 years, extensive epidemics of dengue, with emergence and re-emergence of different serotypes have occurred in Brazil. The infection has a broad spectrum, ranging from asymptomatic to severe conditions that can result in death. In this thesis, we aimed to analyze fatal cases of dengue that occurred in Brazil in 30 years (1986-2015), carrying out studies that encompassed three important aspects to understand this outcome: epidemiological, virological and pathological. Initially, a review was carried out on dengue deaths occurring in Brazil in the period, using the secondary epidemiological data obtained in the SINAN and the Mortality Information System (SIM), both maintained by the Ministry of Health. The cases were analyzed by region, demographic variables, clinical classification, based on available data. The analysis of 30 years revealed that the Southeast region reported 43% of dengue deaths in the country, followed by the Midwest region. After 2000, all states reported deaths, with the exception of Santa Catarina and Rio Grande do Sul. Between 2011 and 2015, Goiás became the state with the highest mortality rate in the country, and Rio Grande do Sul reported the first dengue deaths. In this analysis, a homogeneous distribution between sex was observed, and fatal cases due to dengue were more frequent in individuals over 15 years of age in the period between 1986 and 2006. However, this scenario changed in 2007-2008, with higher mortality rates in children up to 14 years. A subsequent study, based on laboratory surveillance performed by the Laboratory of Flavivirus (LabFla / FIOCRUZ), Regional Reference Laboratory, in the same period, corroborated many of the observations reported to the country, especially in relation to the region and most affected age groups From the fatal cases investigated in the LabFla/FIOCRUZ, 34.2% (359/1,047) were confirmed and, DENV-1 (11.1%), DENV-2 (43.9%), DENV-3 (32.8%) and DENV-4 (13.7%) were detected. In general, a higher frequency of deaths was associated with primary infection (59.3%). However, in 2008, fatal cases were primarily associated with secondary infections. In addition, children infected with DENV-2 had a higher chance of evolving to death. Considering the viral components, it was demonstrated that dengue fatal cases dengue showed a higher NS1 antigenemia and viremia than non-fatal ones, and these levels varied according to the infecting serotype. Regardless of the outcome, cases by DENV-1 showed higher levels of NS1. Histopathological analyzes were performed on placenta, umbilical cord and fetal organs of cases of maternal-fetal deaths, caused by DENV-2 and DENV-4. Different types of tissue abnormalities, including inflammation, hemorrhage, edema, placental necrosis, as well as tissue disorganization in the fetus, such as spongy parenchyma, microglial inflammation, steatosis, arteriolar hyalinosis, inflammatory cells in the alveolar septa and disorganization of the splenic lymphoid follicle. Increased macrophages, Hofbauer cells and CD8 + T lymphocytes, as well as the regulation of inflammatory mediators such as IFN-\03B3, TNF-\03B1, RANTES / CCL5, MCP1 / CCL2 and VEGF / R2 were detected in the liver, lung, spleen, brain and placenta, indicating inflammation of the peripheral tissues of the placenta and the fetus. Detection of viral NS1 and NS3 proteins in macrophages and endothelium suggest viral replication. Viral components may be factors that influence the outcome of the disease. However, the host's immune status, comorbidities and the quality of medical support can not be ruled out as interfering with the outcome of the disease.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.subjectMortalidade
dc.subjectDengue
dc.subjectAntigenemia de NS1
dc.subjectHistopatologia
dc.subjectViremia
dc.subjectCasos Fatais
dc.subjectMediadores inflamatórios
dc.subjectEpidemiologia
dc.subjectProteínas não Estruturais Virais
dc.subjectMediadores da Inflamação
dc.titleAspectos epidemiológicos, virológicos e patológicos de casos fatais suspeitos de dengue ocorridos entre 1986 e 2015
dc.typeThesis


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