dc.contributorTrilles, Luciana
dc.contributorWanke, Bodo
dc.creatorSilva, Felipe Almeida da
dc.date2021-10-04T18:12:53Z
dc.date2021-10-04T18:12:53Z
dc.date2020
dc.date.accessioned2023-09-26T20:43:14Z
dc.date.available2023-09-26T20:43:14Z
dc.identifierSILVA, Felipe Almeida da. Genética populacional e epidemiologia molecular de isolados brasileiros clínicos e ambientais de Cryptococcus neoformans. 2020. 95 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49274
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8862631
dc.descriptionA criptococose é uma micose sistêmica causada pelos complexos de espécies Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. São estimados mais de 223 mil casos de criptococose por ano no mundo em indivíduos com HIV/aids, cerca de cinco mil apenas na América Latina, sendo o Brasil um dos países com maior incidência. O aumento dos casos potencialmente fatais e a emergência de epidemias justificam a necessidade da vigilância epidemiológica da doença. São reconhecidos cinco sorotipos e oito tipos moleculares principais para os agentes da criptococose: Os sorotipos A, AD e D, tipos moleculares VNI \2013 VNIV, para C. neoformans, e sorotipos B e C, tipos moleculares VGI \2013 VGIV, para C. gattii, e recentemente, centenas de subtipos moleculares (ST) foram descobertos a partir do sequenciamento de diversos loci. Estes STs apresentam diferenças clínicas e eco-epidemiológicas importantes, como variações na distribuição geográfica, prevalência, virulência, resistência aos antimicrobianos, taxas de mortalidade e prognóstico da infecção, justificando assim a sua significância. O presente estudo teve como objetivo identificar subtipos genéticos descritos na literatura como mais virulentos e/ou resistentes aos fármacos antifúngicos, visando uma melhor compreensão da estrutura genética populacional do complexo C. neoformans no Brasil Para isso, foram analisados 64 isolados clínicos (de 48 indivíduos) e 15 isolados ambientais de C. neoformans (n=79). A identificação dos STs foi realizada utilizando o esquema Multilocus Sequence Typing (MLST), proposto pela ISHAM. Os isolados analisados foram identificados como: ST2 (n=1), ST5 (n=9), ST23 (n=4), ST32 (n=2), ST40 (n=10), ST41 (n=1), ST63 (n=1), ST77 (n=4), ST93 (n=45) e ST232 (n=2). Dentre os isolados, 72 foram identificados como tipo sexual MAT-alpha e 7 (todos clínicos) foram identificados como tipo sexual MATalpha/a. O ST93, identificado como o mais prevalente na população estudada, é descrito na literatura como um dos mais prevalentes em todo o mundo, além de estar associado a alta mortalidade em Uganda, a uma maior mortalidade no Sudeste do Brasil e a resistência aos fármacos antifúngicos anfotericina B e itraconazol. Acerca dos outros genótipos identificados no presente estudo, é descrito na literatura que: ST5 é um dos STs mais virulentos na Ásia, ST32 está relacionado a uma pior sobrevida após um ano de infecção, ST40 aparentemente apresenta alta atividade da enzima lacase e boa sobrevivência no líquor e o tipo VNB (representado neste estudo pelo ST232) apresenta maior virulência, além de estar relacionado a maior mortalidade e raro isolamento fora do continente africano No presente estudo, com as ferramentas utilizadas foi possível concluir que a estrutura populacional das cepas brasileiras de C. neoformans estudada é altamente clonal e sem recombinação genética. Além disso, esta é a primeira descrição da identificação de cepas VNB no estado do Rio de Janeiro, sendo também o seu primeiro isolamento clínico no Brasil. A identificação destes genótipos potencialmente mais virulentos, mais resistentes aos fármacos antifúngicos e de pior prognóstico clínico justificam a necessidade de ampliar os estudos clínico-epidemiológicos da criptococose no Brasil e no mundo, para o monitoramento dos genótipos circulantes e consolidação da vigilância epidemiológica em nosso País.
dc.descriptionCryptococcosis is a systemic mycosis caused by complexes of species Cryptococcus neoformans and Cryptococcus gattii. More than 223 thousand cases of cryptococcosis are estimated per year in the world in individuals with HIV/Aids, about five thousand in Latin America alone, with Brazil being one of the countries with the highest incidence. The increase in potentially fatal cases and the emergence of epidemics justify the need for epidemiological surveillance of the disease. Five serotypes and eight major molecular types are recognized for cryptococcosis agents: Serotypes A, AD and D, molecular types VNI - VNIV, for C. neoformans, and serotypes B and C, molecular types VGI - VGIV, for C. gattii , and recently, hundreds of molecular subtypes (ST) have been discovered from the sequencing of several loci. These STs present important clinical and eco-epidemiological differences, such as variations in geographical distribution, prevalence, virulence, resistance to antimicrobials, mortality rates and prognosis of the infection, thus justifying their significance. The present study aimed to identify genetic subtypes described in the literature as more virulent and / or resistant to antifungal drugs, aiming at a better understanding of the population genetic structure of the C. neoformans complex in Brazil For that, 64 clinical isolates (from 48 individuals) and 15 environmental isolates of C. neoformans (n = 79) were analyzed. STs were identified using the Multilocus Sequence Typing (MLST) scheme, proposed by ISHAM. The analyzed isolates were identified as: ST2 (n = 1), ST5 (n = 9), ST23 (n = 4), ST32 (n = 2), ST40 (n = 10), ST41 (n = 1), ST63 (n = 1), ST77 (n = 4), ST93 (n = 45) and ST232 (n = 2). Among the isolates, 72 were identified as sexual type MATalpha and 7 (all clinical) were identified as sexual type MAT-alpha/a. ST93, identified as the most prevalent in the studied population, is described in the literature as one of the most prevalent worldwide, in addition to being associated with high mortality in Uganda, higher mortality in Southeast Brazil and resistance to antifungal drugs amphotericin B and itraconazole. Regarding the other genotypes identified in the present study, it is described in the literature that: ST5 is one of the most virulent STs in Asia, ST32 is related to worse survival after one year of infection, ST40 apparently has high activity of the laccase enzyme and good survival in the CSF and type VNB (represented in this study by ST232) are more virulent, in addition to being related to higher mortality and rare isolation outside the African continent In the present study, with the tools used it was possible to conclude that the population structure of the Brazilian strains of C. neoformans studied is highly clonal and without genetic recombination. In addition, this is the first description of the identification of VNB strains in the state of Rio de Janeiro, and is also its first clinical isolation in Brazil. The identification of these potentially more virulent genotypes, more resistant to antifungal drugs and with a worse clinical prognosis justify the need to expand the clinicalepidemiological studies of cryptococcosis in Brazil and in the world, for the monitoring of circulating genotypes and consolidation of epidemiological surveillance in our country.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.subjectCriptococose
dc.subjectCryptococcus neoformans
dc.subjectTipagem de Sequências Multilocus
dc.subjectEpidemiologia Molecular
dc.subjectCriptococose
dc.subjectCryptococcus neoformans
dc.subjectTipagem de Sequências Multilocus
dc.subjectEpidemiologia Molecular
dc.titleGenética populacional e epidemiologia molecular de isolados brasileiros clínicos e ambientais de Cryptococcus neoformans
dc.typeDissertation


Este ítem pertenece a la siguiente institución