dc.contributorLamas, Cristiane da Cruz
dc.contributorWanke, Bodo
dc.creatorPaixão, Ariane Gomes
dc.date2021-10-04T18:09:18Z
dc.date2021-10-04T18:09:18Z
dc.date2020
dc.date.accessioned2023-09-26T20:28:36Z
dc.date.available2023-09-26T20:28:36Z
dc.identifierPAIXÃO, Ariane Gomes. Histoplasmose no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. 2020. 103 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49272
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8857747
dc.descriptionHistoplasmose (Hc) é uma micose sistêmica cosmopolita; sua evolução clínica depende do estado imunitário do hospedeiro, do tamanho do inóculo e da virulência da cepa. O objetivo geral do estudo foi descrever os casos de Hc no INI, de 2000 a 2018 e traçar o perfil de risco associado em pacientes infectados (HIV+) e não infectados por HIV (HIV-). Este é um estudo descritivo, retrospectivo, a partir de prontuários de pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de Hc, confirmado através de cultura, sorologia ou histopatológico. Os dados foram alimentados no programa REDCap. Estatística foi feita com o programa R versão 3.5.1 Foram incluídos 99 registros; 65 eram HIV+ e 34 HIV-. A idade média foi 39,1 ± 11 anos nos HIV+ e 39,4 ± 16,1 anos nos HIV-. Dentre os HIV- houve dois casos de transplante de órgãos sólidos e 2 portadores de reação hansênica em uso crônico de altas doses de corticoterapia. Pacientes HIV- apresentaram com maior frequência fatores de exposição para aquisição de histoplasma (contato com morcegos, 17,6% vs 0, e contato com poeira/solo 14,7% vs 1,5% respectivamente). A mediana de tempo entre o início da clínica até o diagnóstico foi de 8 semanas nos HIV- e 22 nos HIV+. Predominou a forma disseminada nos HIV+, 79,4% vs 36.4% nos HIV-. Nos HIV -, predominou a forma pulmonar crônica 15(45,5%) Nos HIV+ em relação aos HIV\2013 foram encontrados, respectivamente, hepatomegalia em 21.5% vs 5.9%; esplenomegalia 18.5% vs 2.9%; anemia 35.4% vs 11.8%; leucopenia 21.5% vs 5.9%. Nos HIV+,a mediana de CD4 foi de 70; abandono de terapia antirretroviral (TARV) foi encontrada em 18,5% e não uso anterior de TARV em 41,5%. Foi observado significância estatística nos HIV+ vs HIV- quanto a hipoxemia 25.4% vs 6.1%; hemoglobina sérica 9.5 vs 12,5 mg/dl; transaminase glutâmico oxalacética (TGO) 22 vs 78 UI; lactato desidrogenase 186 vs. 618 UI; gama glutamil transferase 161 vs 48. Tuberculose associada foi encontrada em 20% dos HIV+. Foi necessária a internação hospitalar em 71,4% dos HIV+ vs 12,1% dos HIV- ; evoluíram a óbito 46% dos HIV+ vs 8,8% dos HIV-. Anemia, leucopenia, ser internado no CTI, receber aminas e ventilação mecânica foram associados a óbito por Hc em análise univariada. Todos os óbitos ocorreram em pacientes com a forma disseminada de Hc. Mediana de tempo para diagnóstico por cultivo nos HIV + foi 13.5 dias vs 12.5 nos HIV-. Hemocultivo nos HIV+ foi positivo em 32.3% vs HIV- 11.8%, p= 0.025 e cultivo de medula óssea em 36.9% vs 8.8%, p=0.003 Realizaram histopatológico 25 HIV+, e 18 (72%) apresentaram laudo compatível com histoplasmose, sendo os maiores ganhos em gânglios :11/18 (61.1%) e medula óssea :12/18 (66.6%). O Western blot foi positivo em 90% dos HIV+ e em 90.6% dos HIV-; imunodifusão dupla foi reagente em 65% nos HIV+ e 83.8% nos HIV-. Nessa série de casos de Hc 2/3 eram HIV+, com doença avançada e não uso ou abandono de TARV. Dados epidemiológicos clássicos para Hc foram pouco frequentes nos HIV+. Diagnóstico foi tardio, com confusão diagnóstica com tuberculose, que esteve associada em 1/5 dos casos. Pacientes HIV+ tiveram com mais frequência a forma disseminada, com necessidade de internação e maior mortalidade que os HIV-. É fundamental o rastreamento precoce para Histoplasmose para pacientes HIV positivos assim como para pacientes em uso de imunossupressores.
dc.descriptionHistoplasmosis (Hc) is a systemic mycosis, present globally. The host\2019s immune status, inoculum size and the virulence of the infectious strain determine the clinical course of the disease. The main goal of this study was to describe the cases of Hc registered at the National Infectology Institute, between 2000 and 2018 and to establish a risk profile associated to patients infected by HIV (HIV+). This was a retrospective study based on patient medical records with a clinical and laboratory diagnosis of Hc, confirmed by culture, serology and histopathological exams. The data obtained was fed into the REDCap program and statistical analysis was done with the R program, version 3.5.1. The study included 99 records, 65 from HIV+ and 34 from HIV- patients. The average age for HIV+ patients was 39.1 ± 11 years; it was 39.4 ± 16.1 for the HIV-. There were two patients with solid organ transplantation and two cases with hanseniasis reaction on chronic high dose steroid use in the HIVgroup. The HIV- patients more frequently presented possible exposure to histoplasma (contact with bats: 17.6% vs 0; and contact with soil/dirt: 14.7% vs 1.5%). The median time between disease onset and diagnosis was 8 weeks in HIVand 22 weeks in HIV+ patients. HIV+ presented the disseminated form of the disease in 79.4%, in comparison to 36.4% in HIV-. HIV- patients more often presented the chronic pulmonary form (45.5%) HIV+ patients, compared to HIV-, presented, respectively, hepatomegaly: 21.5% vs 5.9%; splenomegaly: 18.5% vs 2.9%; anemia: 35.4% vs 11.8%; leukopenia: 21.5% vs 5.9%. Among the HIV+ patients, median CD4 count was 70; 18.5% had abandoned antiviral therapy while 41.5% had never used ART. Associated tuberculosis was encountered in 20% of HIV+ cases. HIV+ patients, when compared to HIV-, presented statistically significant hypoxemia 25.4% vs 6.1%, hemoglobin levels 9.5 vs 12.5 mg/dL, oxalacetic glutamic transaminase 22 vs 78 IU, lactate dehydrogenase 186 vs 618 IU, gamma glutamyl transferase 161 vs 48. The median time necessary for culture positivity was 13.5 days in HIV+, compared to 12.5 days in HIV- patients. Hospitalization was necessary for 45 HIV+ cases (71.4%) and for 4 HIV- cases (12.1%). Anemia, leucopenia, intensive care, use of vasopressor and mechanical ventilation were associated with death in Hc on univariate analysis. All deaths occurred in patients with the disseminated form of Hc. Blood cultures were positive in 32.3% of HIV+ vs 11.8% of HIV- patients (p=0.025), while bone marrow culture presented 36.9% vs 8.8% positive results in HIV+ and HIV- patients, respectively (p=0.003) Histopathological exams performed in 25 HIV+ patients provided 72% reports positive for Hc, mostly in lymph nodes (61.1%) and bone marrow (66.6%). Western Blot was positive in 90% of HIV+ and 90.6% of HIVpatients; immunodiffusion was reactive in 65% of HIV+ and 83.8% of HIV-. In this Hc case series, 2/3 of the patients were HIV+, presenting advanced AIDS, after abandoning or never having used ART. Classic epidemiological data for Hc were uncommon in HIV+ patients. Correct diagnosis was late as symptoms were sometimes mistakenly diagnosed as tuberculosis, which was present in 1/5 of cases. HIV+ patients frequently presented the disseminated form of Hc, required hospitalization and demonstrated higher mortality rates than HIV- patients. Early screening for Hc in HIV+ and drug induced immunosuppressed patients is crucial.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.subjectHistoplasmose
dc.subjectEpidemiologia
dc.subjectSorologia
dc.subjectSoropositividade para HIV
dc.subjectImunossupressores
dc.subjectMortalidade
dc.subjectHistoplasmose
dc.subjectEpidemiologia
dc.subjectSorologia
dc.subjectSoropositividade para HIV
dc.subjectImunossupressores
dc.subjectMortalidade
dc.titleHistoplasmose no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas
dc.typeDissertation


Este ítem pertenece a la siguiente institución