Otro
Achados endoscópicos em crianças com estridor
Registro en:
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 72, n. 5, p. 649-653, 2006.
0034-7299
10.1590/S0034-72992006000500011
S0034-72992006000500011
S0034-72992006000500011.pdf
Autor
Martins, Regina H.G.
Dias, Norimar H.
Castilho, Emanuel C.
Trindade, Sérgio H.K.
Resumen
Doenças congênitas e adquiridas das vias aéreas podem causar dispnéia e estridor em crianças. Nas UTIs tem-se registrado maior sobrevida de prematuros, porém também elevada incidência de complicações relacionadas à intubação. OBJETIVO: Analisar retrospectivamente os achados endoscópicos em crianças com estridor. TIPO DE ESTUDO: Corte transversal. MATERIAL E MÉTODOS: Foram revisados 55 prontuários de crianças com estridor, submetidas aos exames endoscópicos de janeiro de 1997 a dezembro de 2003. Endoscopias foram: estridor pós-extubação (63,63%) e avaliação de estridor neonatal (21,82%). Observou-se alto índice de doenças associadas, como pulmonares (60%), neurológicas (45,4%) e DRGE (40%). Os principais achados endoscópicos e as indicações de traqueotomia foram: estenose subglótica (27,27%) e processos inflamatórios das vias aéreas (21,82%), principalmente em crianças com menos de cinco anos. Lesões congênitas foram mais freqüentes em crianças com menos de um ano. CONCLUSÕES: O estridor na infância possui múltiplas etiologias, sendo as relacionadas à intubação traqueal as mais freqüentes em hospitais com atendimento de doenças complexas. Pediatras e otorrinolaringologistas devem conhecer as causas de estridor, realizando avaliação clínica detalhada para determinar a gravidade do caso. O exame endoscópico deverá ser minucioso e detalhado. Congenital and acquired airway diseases are responsible for upper respiratory distress and stridor in children. In neonatal intensive care units, we have seen increased survival in premature babies, but also a high incidence of airway complications related to intubation, which present as stridor. AIM: To review endoscopic findings in children with stridor. STUDY DESING: a cross-sectional cohort study. METHODS: A retrospective analysis was done of 55 cases of children with stridor who underwent endoscopic exams, between January 1997 and December 2003. RESULTS: 69% were aged below one year. The main indications for endoscopy were post-extubation stridor (63.63%) and evaluation of neonatal stridor (21.82%). Many associated diseases were seen, including lung diseases (60%), neurological condition (45.4%), and GERD (40%). The main endoscopic findings and indications for tracheotomy were subglottic stenosis (27.27%) and airway inflammatory process (21.82%) occurring in children under five years old. Congenital disorders were more frequent in children under age one year. CONCLUSION: Neonatal stridor has many causes; those related to tracheal intubation are more frequent in hospitals that treat more complex diseases. Pediatricians and otorhinolaryngologists should know the main causes of stridor and perform detailed clinical evaluations to determine case severity. The endoscopic examination, must be meticulous.