dc.creatorFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
dc.date.accessioned2017-07-24T15:54:45Z
dc.date.accessioned2023-09-05T16:06:27Z
dc.date.available2017-07-24T15:54:45Z
dc.date.available2023-09-05T16:06:27Z
dc.date.created2017-07-24T15:54:45Z
dc.date.issued2010
dc.identifierRADIS: Comunicação e Saúde. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ENSP, n. 98, out. 2010. 24 p. Mensal.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20289
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8674444
dc.description.abstractMais uma vez Radis entra no cotidiano de aldeias indígenas para falar sobre saúde, não apenas indígena, mas daquela que decorre do modelo de desenvolvimento que se adota neste país e das consequências da dominação de um modelo civilizacional sobre outro, do desequilíbrio entre valores de diferentes etnias. O trabalho de pesquisadores da Fiocruz e, principalmente, o interesse dos valentes xavante em entender a determinação das doenças que atingem seu povo, além da obstinação em manter práticas saudáveis de sua cultura, são o assunto de nossa matéria de capa. A disputa por hegemonia — discursiva, cultural, de poder — é da própria essência da democracia. Nessa disputa franca reside a estratégia da Reforma Sanitária brasileira, para que a compreensão do que seja saúde mude; e do que seja um sistema universal e equânime de atenção à saúde, defendido por toda a população como um direito, tenha significância. O problema é quando a hegemonia se traduz em dominação. Disputar o lugar da produção dos sentidos, da construção de alternativas e escolhas, de ser ouvido e levado em conta na definição de rumos é uma legítima aspiração individual e coletiva nas sociedades. Bom que no pós-Segunda Guerra Mundial a hegemonia tenha sido a do multilateralismo, dos direitos humanos. Bom que os anos 1960 tenham sido marcados pela luta por direitos civis, igualdade entre raças ou etnias, homens e mulheres. Como em outros tempos, o antiescravagismo e o anticolonialismo. Respiros numa longa tradição de barbárie na história da humanidade, expressa mais recentemente no discurso único do neoliberalismo dos anos 1990, do unilateralismo norte-americano dos anos 2000. No Brasil, a hegemonia do momento é a da despolitização da atividade partidária, dos processos eleitorais e até dos movimentos sociais — mais ainda, da visão que se tem destes, desqualificados pela mídia e pela criminalização do exercício de cidadania. Em parte, triunfo tardio da quase esquecida ditadura militar que, nos anos 1970, impôs a monocultura agrícola e alimentar do arroz e expropriou terra de incautos e nômades xavante. Hoje, o agronegócio exportador, turbinado por agrotóxicos, transgênicos e mais dinheiro público, terraplanam bio e sociodiversidade. A hegemonia da cooperação é o tema da entrevista exclusiva com o vice-presidente do Comitê Executivo da Organização Mundial da Saúde, Paulo Buss. Se não há fronteiras para as doenças, metas como redução de desigualdades e mais qualidade de vida e saúde para todos podem ser trabalhadas como eixo da diplomacia e da cooperação Sul-Norte e Sul-Sul, enfrentando origens e efeitos da dominação econômica e política existente no planeta. Em seminário interno, preparatório do 6º Congresso da Fiocruz, especialistas da fundação debateram com teóricos de outras instituições as interações da comunicação com a educação. A ideia é ir além do uso de uma pela outra e incorporar na estrutura de cada campo os conceitos e contribuições do outro. A equipe do RADIS, presente nesses debates, busca traduzir em suas práticas o compromisso com a participação social que defende. O conhecimento técnico-científico e o popular — leia a seção Toques da Redação (pág. 7), sobre quadro do programa Fantástico, da Rede Globo — devem se reconhecer e se respeitar em suas qualidades. Rogério Lannes Rocha Coordenador do Programa RADIS
dc.languagepor
dc.publisherFundação Oswaldo Cruz/ENSP
dc.rightsopen access
dc.titleRADIS - Número 98 - Outubro
dc.typePeriodical


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