dc.contributorWerneck, Jane Margaret Costa de Frontin
dc.contributorLopes, Catarina Macedo
dc.creatorNeiva, Vanessa Lima
dc.date.accessioned2020-09-08T20:09:56Z
dc.date.accessioned2023-09-05T15:26:22Z
dc.date.available2020-09-08T20:09:56Z
dc.date.available2023-09-05T15:26:22Z
dc.date.created2020-09-08T20:09:56Z
dc.date.issued2019
dc.identifierNEIVA, Vanessa Lima. Aspectos Ecoepidemiológicos e Análises sobre as Alterações Fenotípicas de Populações de Triatoma brasiliensis brasiliensis de Caicó, Rio Grande do Norte, Brasil. 2019. 206 f. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43253
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8666042
dc.description.abstractTriatoma brasiliensis brasiliensis é autóctone no Brasil, considerado um dos mais importantes vetores de Trypanosoma cruzi em áreas semiáridas do Nordeste. No estado do Rio Grande do Norte, a região do Seridó está passando por transformações devido ao intenso processo de desertificação ocasionado, principalmente, por impactos antrópicos no bioma Caatinga. Neste contexto, levantamento de informações sobre as infestações de ecótopos naturais e artificiais por T. b. brasiliensis é crucial para evitar a ocorrência de casos e surtos da doença de Chagas. Estudos sobre a variabilidade métrica alar de populações de T. b. brasiliensis desta área são inexistentes, tornando-se necessários para o conhecimento das respostas fenotípicas desta subespécie frente a fatores bióticos/abióticos. No presente estudo, analisou-se o papel deste vetor nos ciclos transmissão de T. cruzi em localidades de Caicó e avaliou-se a possível influência do parasito, da fonte alimentar e do ecótopo na variabilidade morfológica das asas de T. b. brasiliensis. Capturas ativas e passivas em ecótopos naturais e artificiais foram realizadas em 18 localidades. Destas, cinco foram selecionadas para análises das populações de T. b. brasiliensis quanto à infecção natural, às fontes alimentares, à tipagem das Unidades Discretas de Tipagem (DTUs) e às variações morfométricas alares A pesquisa de T. cruzi em amostras do conteúdo intestinal foi realizada pelo exame direto à fresco e pelo uso da PCR convencional multiplex para a amplificação do kDNA do protozoário e da subunidade 12S do gene ribossomal de triatomíneos. A identificação da fonte alimentar foi realizada pela amplificação e sequenciamento do gene citocromo B do DNA mitocondrial. Após o isolamento do parasito em meio de cultura, procedeu-se à caracterização dos isolados de T. cruzi em DTUs com base em três marcadores: análise do domínio divergente D7 do locus 24S\03B1 do DNA ribossomal, análise do gene mitocondrial citocromo oxidase II e análise da região intergênica spliced leader do gene mini-exon. A variabilidade morfológica das asas de populações de T. b. brasiliensis foi avaliada empregando a morfometria geométrica. Dos 1.147 espécimes capturados nas 18 localidades, Triatoma b. brasiliensis foi a subespécie mais abundante, representando 95,2% (1092/1147) dos triatomíneos capturados, seguida de T. pseudomaculata (4,6% - 53/1147) e de T. petrocchiae (0,2% - 2/1147). Triatoma b. brasiliensis foi o vetor que mais invadiu e colonizou o intradomicílio e, especialmente, o peridomicílio, distribuindo-se em uma variedade de ecótopos com elevada infestação de currais de boi. As pesquisas de T. cruzi mostraram altas taxas de infecção natural, considerando o exame direto (36% - 103/286), cultura (51% - 52/102) e PCR (58,9% - 165/280). Nove espécies de vertebrados foram identificadas, mostrando o hábito alimentar eclético de T. b. brasiliensis, sendo as mais frequentes: Kerodon rupestris, mocó (33% - 13/39); Homo sapiens, humano (20% - 8/39); Bos taurus, boi (15,4% - 6/39) A caracterização genética de T. cruzi mostrou a circulação das DTUs TcI (67,9% 19/28) e TcII (32,1% -9/28) nas populações de T. b. brasiliensis com predominância de TcI no ambiente silvestre e peridomiciliar. As análises morfométricas das asas revelaram que não houve influência de T. cruzi no tamanho do centróide (TC) e na conformação, porém diferenças significativas no TC alar entre sexos, ecótopos e localidades foram detectadas, indicando possível influência do tipo/disponibilidade da fonte alimentar, efeito da densidade populacional e, possivelmente, isolamento por distância/barreira física entre as populações. As homogeneidades no TC (maioria das populações) e na conformação entre localidades refletem as similaridades das condições macro ambientais, pois estas situam-se no mesmo município com mesmo padrão climático do bioma Caatinga. Por outro lado, as diferenças na conformação ligadas ao sexo e ao ecótopo em populações de duas localidades sugerem influências das condições microclimáticas dos ecótopos e/ou do tipo/disponibilidade da fonte alimentar. Na perspectiva da dinâmica de transmissão de T. cruzi na área, a detecção das DTUs TcI e TcII e a expressiva identificação de K. rupestris e H. sapiens como fonte alimentar de espécimes infectados no ambiente peridomiciliar e silvestre sugerem que K. rupestris e T. b. brasiliensis podem estar atuando como elo de ligação entre os ciclos de transmissão silvestre e domiciliar de T. cruzi, evidenciando o risco real de transmissão para a população humana e animais domésticos. Estes resultados enfatizam a necessidade de ações de controle e vigilância entomológica e campanhas educativas contínuas para evitar a ocorrência de casos novos da doença de Chagas na área.
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.titleAspectos Ecoepidemiológicos e Análises sobre as Alterações Fenotípicas de Populações de Triatoma brasiliensis brasiliensis de Caicó, Rio Grande do Norte, Brasil
dc.typeThesis


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