dc.contributorBastos, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro
dc.contributorStrathdee, Steffanie Anne
dc.creatorMalta, Mônica Siqueira
dc.date.accessioned2012-09-05T18:23:54Z
dc.date.accessioned2023-09-05T15:22:57Z
dc.date.available2012-09-05T18:23:54Z
dc.date.available2023-09-05T15:22:57Z
dc.date.created2012-09-05T18:23:54Z
dc.date.issued2008
dc.identifierMALTA, Mônica Siqueira. Usuários de drogas vivendo com HIV/AIDS: análise de fatores associados à sobrevida e à aderência ao tratamento. 2008. 138 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2008.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4436
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8665263
dc.description.abstractDesde o advento da terapia antiretroviral de alta potência (HAART), desigualdades nas taxas de morbidade e da mortalidade secundárias ao HIV/AIDS têm sido observadas, particularmente em populações marginalizadas e minorias diversas, como usuários de drogas vivendo com HIV/AIDS (UD HIV+). Buscando contribuir para esta questão, em um primeiro momento foi realizada uma revisão sistemática sobre aderência à HAART entre UD HIV+. De acordo com esta revisão, aderência mais alta à HAART foi encontrada entre UD HIV+ atendidos em serviços que oferecessem atenção integral, multidisciplinar, por exemplo, contando com tomadas de medicamentos supervisionadas (directly observed therapy-DOT) e/ou serviços que oferecessem em um mesmo contexto tratamento para a infecção pelo HIV e para a dependência química (co-localização). Posteriormente realizamos uma meta-análise utilizando os mesmos estudos incluídos na revisão sistemática. Os estudos eram bastante heterogêneos (estatística I2 ≥ 75%): mensuração de aderência através de métodos distintos (auto-relato, prontuários, dispositivos eletrônicos), utilização de pontos de corte para definir “aderência” diversos (75-100%), e adoção de diferentes desenhos de estudo (estudos seccionais, casocontrole ou longitudinais). 41 estudos foram incluídos, totalizando 15194 pacientes (11628 HIV+ UD, 76.5%), perfazendo uma aderência global de 60,3% (IC 95%: 52.9 – 67.4%). O desenho do estudo – principalmente quanto à estratégia e ao período de avaliação da aderência – se mostrou preditor independente da heterogeneidade interestudos observada. Dentre os estudos que avaliaram resultados clínicos associados à HAART, melhores resultados foram encontrados entre pacientes mais aderentes, aqueles em abstinência no momento (ou seja, ex-usuários), os que não apresentavam distúrbios psiquiátricos severos e que recebiam apoio psicossocial. Em seguida realizamos uma análise da sobrevida de usuários de drogas injetáveis (UDI) vivendo com AIDS, diagnosticados entre 2000-2006, utilizando bases de dados nacionais. Entre os 28.426 pacientes incluídos no estudo (43% UDI; 57% HSH), 6777 (23,8%) morreram durante 87.792 pessoa-tempo de acompanhamento. No baseline, quando comparados com HSH, uma proporção menor de UDI estava recebendo HAART (24,3% vs. 31,2%; p<0.001), havia realizado pelo menos um exame de contagem de CD4 (44,1% vs. 56,9%; p<0.001) ou exame de carga viral (62,5% vs. 54,2%; p<0.001). Mesmo após a inclusão de termo de efeito aleatório por município e por estado de residência (fragilidade) no modelo multivariado escolhido, a mortalidade secundária à AIDS permaneceu maior em UDI (AHR: 1,94; 95% IC: 1,84 – 2,05). Os resultados do estudo de sobrevida salientam o fato de que ineqüidades importantes ainda são observadas no acesso à HAART no Brasil, apesar do país possuir um dos programas de AIDS mais amplos entre os países em desenvolvimento e oferecer acesso gratuito e universal à HAART. Estas ineqüidades podem explicar a alta mortalidade identificada entre UDI quando comparados com HSH. Os achados da revisão sistemática e da meta-análise sugerem que UD HIV+ podem alcançar níveis de aderência à HAART adequados, principalmente aqueles que têm acesso a serviços multidisciplinares, sintonizados às freqüentes comorbidades encontradas nesta população. Os estudos indicam que preocupações sobre a existência de uma aderência aquém da desejada entre UD HIV+ não estão baseados em evidências científicas disponíveis. Esforços para reduzir as desigualdades em saúde identificadas nesta população são claramente necessárias.
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.titleUsuários de drogas vivendo com HIV/AIDS: análise de fatores associados à sobrevida e à aderência ao tratamento
dc.typeThesis


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