dc.identifier | CARDIM, Gabriela Mendes. Mulheres em deslocamento, violência como constante: impactos da violência de gênero e da condição do refúgio na saúde mental de mulheres refugiadas. 2021. 130 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021. | |
dc.description.abstract | Esta dissertação investigará as violências que afetam a vida de mulheres refugiadas e os
consequentes impactos desses fenômenos para a saúde mental dos sujeitos estudados. Além
disso, propõe-se a identificar níveis de prevalência de transtornos mentais em mulheres
refugiadas, assim como delinear quais violências trazem maior sofrimento psíquico e ocorrem
com maior frequência. A partir deste ponto, tem-se a pretensão de analisar as estratégias de
enfrentamento individuais e coletivas passíveis de mitigar os efeitos adversos do refúgio, da
violência de gênero e de eventos traumáticos. Empregou-se, como metodologia, uma revisão
integrativa da literatura, na qual foram recuperados 454 artigos. Após a leitura e seleção dos
materiais a partir de critérios de inclusão que abarcassem o foco em gênero, violência e saúde
mental, classificaram-se os achados por meio de categorias e foram feitas discussões,
embasadas no referencial teórico, quanto à metodologia e conteúdo dos artigos recuperados. A
partir das reflexões desenvolvidas, nota-se uma conjunção de fatores de risco que se entrelaçam
na vida de mulheres refugiadas e afetam negativamente a saúde mental desses sujeitos: a alta
prevalência da violência de gênero por parceiro íntimo, somada a fatores contextuais e
estruturais ao refúgio como isolamento social, dificuldades de adaptação, vulnerabilidade
econômica, despreparo da assistência social e sistema de saúde nos países de destino. Assim,
trata-se de sujeitos cujas experiências resguardam certa proximidade com mulheres nãorefugiadas, no que tange à violência por parceiro íntimo e a opressão pelo patriarcado, mas
particularidades determinadas pelo refúgio, o que requer um olhar atento e práticas flexíveis na
promoção de assistência e enfrentamento junto a esses indivíduos. | |