dc.creatorMachado, Marcelo Pedra Martins
dc.creatorDamásio, Fabiana
dc.date.accessioned2020-12-21T12:11:56Z
dc.date.accessioned2023-09-05T12:03:55Z
dc.date.available2020-12-21T12:11:56Z
dc.date.available2023-09-05T12:03:55Z
dc.date.created2020-12-21T12:11:56Z
dc.date.issued2020
dc.identifierPEDRA, Marcelo; DAMÁSIO, Fabiana. Uma agenda estratégica para a gestores e trabalhadores de consultórios na rua. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA REDE UNIDA, 14., 2020, Niterói. Anais... Niterói: Rede Unida, 2020. 2 p.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/45053
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8648545
dc.description.abstractApresentação: Uma agenda estratégica para a gestores e trabalhadores de Consultórios na Rua Apresentação: A população em situação de rua (PSR), representada por 101.854 pessoas no Brasil, de acordo com os dados do Instituto de Pesquisa Estatística Aplicada (IPEA), tem exigido dos governos, nos últimos anos, políticas públicas específicas e serviços voltados ao atendimento de suas demandas e necessidades. Em 2008, a Pesquisa Nacional sobre PSR, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), já havia colocado a questão da PSR em evidência para a sociedade e o governo brasileiro, fornecendo subsídios para a formulação das políticas públicas implantadas atualmente. O número total de pessoas em situação de rua apresentado foi 31.922 até aquele momento, nas 71 cidades pesquisadas. No ano de 2009, informada pela pesquisa do MDS, foi criada a Política Nacional para População em Situação de Rua (PNPR), a partir de intensa participação dos movimentos sociais ligados à PSR. A PNPR aponta como cerne a garantia de acesso desta população específica aos serviços e às políticas públicas, em especial as do Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS). É a partir dessas iniciativas e por meio da Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), que as equipes de Consultório na Rua (eCR) passam a ser vistas como uma estratégia de cuidado integral à PSR. Os Consultórios na Rua são equipes multiprofissionais que desenvolvem suas atividades de forma itinerante e também nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) locais. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi apresentar uma agenda estratégica para gestores e trabalhadores de Consultórios na Rua, a partir das realidades dos territórios e dos processos de trabalho das equipes do Distrito Federal. Desenvolvimento: descrição da experiência ou método do estudo: Este estudo é um estudo descritivo e analítico sobre as práticas de cuidado produzidas pelas eCR no Distrito Federal com base na abordagem qualitativa e utilizando o referencial teórico da Psicossociologia. A população-alvo foi os gestores e trabalhadores das eCR/DF, com a participação de 4 (quatro) gestores e 16 (dezesseis) trabalhadores. O detalhamento da população será explicitado no decorrer deste capítulo. A pesquisa foi composta das seguintes etapas: reunião de apresentação e construção do processo de investigação junto aos gestores e trabalhadores das eCR; entrevistas com os gestores das eCR/DF (4 entrevistas); aplicação de um questionário sobre as práticas das equipes com os trabalhadores das eCR/DF (16 questionários); e realização de um Café Mundial com os trabalhadores e gestores das eCR/DF (20participantes). Brasília conta com 3 eCR (Plano Piloto, Taguatinga e Ceilândia). Resultado: Os efeitos percebidos decorrentes da experiência ou resultados encontrados na pesquisa. Neste ponto, no intuito de qualificar as práticas e o processo de trabalho dos Consultórios na Rua/DF, foram sistematizados todos os dados levantados durante as entrevistas com os gestores das eCR, os questionários com os trabalhadores das eCR, juntamente com os conteúdos dos debates e da produção do Café Mundial (trabalhadores e gestores das eCR/DF), para com base nesse material, propor um conjunto de recomendações de estratégias para gestores e trabalhadores das eCR, são elas: Gestão da eCR Construção de uma agenda periódica (mensal) da referência mais imediata para as eCR na gestão da AB(coordenação das equipes), no território de cada equipe, com vistas a interagir com as demandas de cada local, UBS e população atendida, a partir da realidade territorial; Construção de agenda periódica (mensal ou bimestral) de todas as equipes, na Secretaria de Saúde, constituindo um espaço de trocas, pautadas pela Educação Permanente e demandas de eventuais Grupos de Trabalho; Constituir fóruns territoriais de Saúde Mental (pois são as questões mais demandadas), envolvendo prioritariamente serviços de saúde, assistência social e organizações não governamentais(ONGs) ou entidades que estejam envolvidas com a PSR, para discussão de casos específicos, construção de fluxos de atendimento, encaminhamento e compartilhamento do cuidado, também pautados pela lógica da Educação Permanente; Construção junto à Instituição de Ensino e Pesquisa da Secretaria de Saúde de estratégias de inclusão da temática do cuidado à PSR no conjunto de formações oferecidas aos trabalhadores da saúde por esta Instituição, além de pautar junto à Instituição que sejam discutidos (com os trabalhadores) e construídas ofertas específicas para as eCR; Construção de estratégias específicas para a regulação de vagas da eCR para os demais níveis de atenção, levando em conta a questão da população indocumentada; Fomentar, via Instituição de Ensino e Pesquisa da Secretaria de Saúde, a articulação das eCR como espaço de formação para o SUS, constituindo-se como campo para estágios e residências; Criação de um espaço sistemático (mensal) de supervisão para estas equipes, conduzido por ator externo à equipe; Garantir para as eCR o uso de prontuário eletrônico, com autonomia de ofertar o cartão SUS, além de facilitar acesso aos dados produzidos pelos trabalhadores para as equipes; Criação de um grupo de trabalho(trabalhadores, gestores, Instituições de Ensino e Pesquisa e usuários) para construção de indicadores de processo e resultado, com vistas à efetivação de um processo de monitoramento e avaliação. Trabalhadores das eCR Mapear parceiros e propor e organizar a metodologia de trabalho dos fóruns territoriais de Saúde Mental, assumindo o protagonismo da condução do espaço, sempre pautados pela lógica da Educação Permanente; Ampliar as ofertas de cuidado coletivo visando interferir no campo da promoção de grupalidade junto à PSR; Organizar ações sistemáticas de matriciamento entre os trabalhadores da eCR e junto à rede, reforçando o compartilhamento de casos como metodologia de trabalho, mapeando também as principais demandas de qualificações dos demais serviços da rede para ampliar o acesso e a qualidade da atenção prestada junto à PSR; Organizar o processo de trabalho de modo a permitir que as informações sejam sistematizadas (via prontuário eletrônico); Fomentar que a eCR seja espaço deformação para o SUS, como campo para estágios e residências, mapeando e contribuindo na articulação com as Instituição de Ensino e Pesquisa de cada território; Mapear as demandas de pesquisa referentes às necessidades de núcleos específicos de conhecimento, ou questões gerais do processo de trabalho da eCR, para incluir como demandanas parcerias com as Instituição de Ensino e Pesquisa; Construir planos de estágios e residências de modo a organizar a inserção de estudantes no processo de trabalho. Considerações finais: Ao cabo, propõe-se, como uma direção geral para os Consultórios na Rua/DF, que a palavra “sensibilizar” tão citada nas entrevistas, questionários e durante o Café Mundial possa ser superada e paulatinamente substituída pela palavra “instrumentalizar”. Seguindo o ideário apontado pela proposta do matriciamento, faz-se necessário que as eCR incluam na sua agenda, de forma mais contundente, estratégias de produção de autonomia para a PSR, mas, sobretudo, para as demais equipes de AB. As recomendações e propostas têm como pressuposto o exercício do protagonismo pelas eCR, provocando, organizando e operando, coletiva e compartilhadamente, espaços de trocas e qualificação do cuidado intra e Inter universo da saúde. Deste modo, a palavra “acesso” que demonstrou já se constituir como um avanço promovido por esta política pública possa ser agregada às palavras “resolutividade” e “qualidade”.
dc.languagepor
dc.publisherRede UNIDA
dc.rightsopen access
dc.titleUma agenda estratégica para a gestores e trabalhadores de consultórios na rua
dc.typePapers presented at events


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