dc.contributorAlencar, Jeronimo Augusto Fonseca
dc.contributorOliveira, Ricardo Lourenço de
dc.creatorMiranda, Rafaella Moraes de
dc.date.accessioned2022-01-05T16:44:31Z
dc.date.accessioned2023-09-05T11:48:39Z
dc.date.available2022-01-05T16:44:31Z
dc.date.available2023-09-05T11:48:39Z
dc.date.created2022-01-05T16:44:31Z
dc.date.issued2020
dc.identifierMIRANDA, Rafaella Moraes de. Avaliação do risco da transmissão vetorial do vírus vacinal no contexto da imunização de primatas não-humanos brasileiros contra a Febre Amarela. 2020. xvi, 103f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50632
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8642379
dc.description.abstractEm 2017-2019, um surto de febre amarela silvestre (FAS) acometeu o estado do Rio de Janeiro. Epizootias de primatas não-humanos (PNHs) foram amplamente reportadas, inclusive em áreas de conservação de espécies ameaçadas de extinção. Além da imunização de humanos, estratégias complementares foram sugeridas, como a vacinaçãode PNHs, que, além de potencialmente colaborar para a redução da transmissão do vírus amarílico (YFV), evitaria a extinção de espécies ameaçadas. Porém, a possibilidade do vírusvacinal atenuado ser transmitido por mosquitos na natureza, que poderia pôr em risco as propriedades genéticas do vírus e biológicas da vacina, precisava ser averiguada. Assim, no presente estudo, lotes de mosquitos Aedes aegypti, Haemagogus leucocelaenus, Haemagogus janthinomys, Sabethes albiprivus e Sabethes identicus foram alimentados diretamente em micos-leões vacinados e mantidos no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), em Guapimirim. Os repastos foram feitos no terceiro dia após a vacinação dos animais com o vírus atenuado YFV-17DD, quando a carga viral no sangue variou de 1,05x103 a 6,61x103 PFU/mL. Após 14 e 21 dias de incubação a 26ºC, 80%UR e fotoperíodo de 12/12h, homogenatos do corpo (tórax + abdome) de nenhum dos 620 mosquitos examinados por RT-qPCR se mostrou infectado. Para verificar se o título viral no sangue dos PNHs foi determinante na infecção dos vetores, outros lotes de mosquitos foram alimentados artificialmente com repastos sanguíneos contendo 1x104 e 1x107 PFU/mL do YFV-17DD e incubados e examinados ao 14º. dia nas mesmas condições acima. Mosquitos só se infectaram quando ingeriram o repasto artificial com título viral elevado (107 PFU/mL), mesmo assim exibindo taxa de infecção baixa (17 % e 10 % em Hg. leucocelaenus e Ae. aegypti, respectivamente) ou nula (Sa. albiprivus) O YFV-17DD não foi encontrado em nenhum homogenato de cabeça de mosquito infectado, sugere a existência de barreiras no intestino médio das espécies desafiadas, bloqueado a disseminação do vírus vacinal para tecidos secundários em e, por conseguinte, a sua transmissão. Foram realizadas coletas quinzenais de mosquitos, de dezembro de 2018 a dezembro de 2019, em 12 pontos distribuídos em transectos cobrindo desde a área mais modificada do CPRJ até 200 e 400 mmata adentro, através de armadilhas de oviposição (ovitrampas) e de adultos (BG-Sentinel com CO2 como atraente) e atração humana protegida e esclarecida (AHPE). Coletaram-se 9.349 mosquitos, cuja abundância, riqueza e diversidade de espécies foram heterogêneas entre os pontos amostrais. O método de coleta influenciou mais na composição da fauna capturada que a localização, havendo espécies (Anopheles cruzii, Psosrophora ferox, Runchomyia cerqueirai, possivelmente Wyeomyia incaudata (?), Wyeomyia theobaldi, Sabethes chloropterus e Sa. albiprivus) somente coletadas com AHPE. A fauna de mosquitos se revelou diversa, com 21 espécies de 12 gêneros, dentre as quais vetoras primárias e secundárias da FAS, como Hg. leucocelaenus, Hg. janthinomys, Aedes scapularis e Sa. chloropterus. As distribuições temporal e espacial da densidade destas espécies, especialmente de Hg. leucocelaenus, sugerem que os PNHs do CPRJ estão expostos à picada desses vetores e à transmissão do vírus selvagem, a despeito da localização da gaiola e da época do ano, embora com maior risco entre janeiro e março. Porém, as evidências obtidas indicam que a baixa viremias desenvolvida pelos micos-leões e outros PNHs Neotropicais vacinados no CPRJ, combinada com a baixa susceptibilidade de mosquitos silvestres ao YFV-17DD, não sustentariam a transmissão do YFV-17DD na natureza.
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.titleAvaliação do risco da transmissão vetorial do vírus vacinal no contexto da imunização de primatas não-humanos brasileiros contra a Febre Amarela
dc.typeDissertation


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