dc.contributorCesse, Eduarda Ângela Pessoa
dc.contributorLira, Pedro Israel Cabral de
dc.contributorSouza, Wayner Vieira de
dc.contributorCesse, Eduarda Ângela Pessoa
dc.contributorMaia, Livia Teixeira de Souza
dc.contributorOliveira, Juliana Souza
dc.contributorCabral, Poliana Coelho
dc.contributorMontarroyos, Ulisses Ramos
dc.creatorSouza, Nathália Paula de
dc.date.accessioned2019-09-02T14:29:34Z
dc.date.accessioned2023-09-05T11:48:07Z
dc.date.available2019-09-02T14:29:34Z
dc.date.available2023-09-05T11:48:07Z
dc.date.created2019-09-02T14:29:34Z
dc.date.issued2019
dc.identifierSOUZA, Nathália Paula de. Hipertensão arterial no estado de Pernambuco: análise dos determinantes à luz da transição alimentar e nutricional em um contexto de desenvolvimento e desigualdade. 2019. 199f. Tese (doutorado em saúde pública) – Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2019.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35247
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8642119
dc.description.abstractObjetivo: Analisar as mudanças na prevalência, conhecimento e controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS) em adultos do estado de Pernambuco-Brasil e sua associação com os determinantes sociodemográficos, comportamentais, alimentares e nutricionais, à luz da transição nutricional e em um contexto de desenvolvimento e desigualdade. Método: Este estudo pautou-se em duas pesquisas transversais, o I e II Inquérito Estadual sobre Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis, realizadas em um período de dez anos, a primeira em 2006 e a segunda em 2015/16, respectivamente. Em ambos os estudos foram obtidas amostras randomizadas de domicílios, em áreas urbanas e rurais. O público alvo foi constituído por adultos com 20 anos ou mais de idade, cujos dados foram coletados por meio de questionário padronizado. As medidas antropométricas e a pressão arterial (PA) foram mensuradas utilizando equipamentos e técnicas apropriados. Indivíduos com a pressão arterial sistólica (PAS)≥140mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD)≥90mmHg ou uso referido de anti-hipertensivos foram classificados como hipertensos. Esses foram considerados “conscientes” quando referiram diagnóstico prévio por médico ou profissional de saúde e “controlados” quando apresentaram PAS<140mmHg e PAD<90mmHg. Realizou-se uma análise exploratória na literatura científica como ponto de partida. Os padrões alimentares foram gerados por meio de análise de cluster, utilizando o teste Ward. Posteriormente, modelos de regressão logística binária e multinomial foram elaborados para avaliar a associação entre HAS e seus determinantes. Resultados: A abordagem teórica e conceitual acerca do atual perfil epidemiológico fundamentada no viés da nutrição impulsiona reflexões acerca das mudanças na lógica de mercado e suas novas demandas e sobre as consequências do uso predatório dos recursos naturais, além de revelar os principais interesses e interessados nessas transformações globais e locais, consideradas propulsoras do aumento das doenças crônicas e, ao mesmo tempo, da má nutrição. Em relação ao estado de Pernambuco foi observada uma evolução favorável dos indicadores sociais e comportamentais entre os anos de 2006 e 2015/16. No entanto, o excesso de peso passou de 50,9% para 64,7% (p<0,001). Em cada período de estudo foram encontrados quatro padrões de consumo alimentar: Saudável (consumo predominante de frutas, vegetais, raízes e tubérculos), Tradicional Regional (predominância de alimentos tradicionais como feijão e arroz, além de alimentos regionais como açúcar e derivados), Em transição (predominância de alimentos da dieta ocidentalizada como carnes processadas e do padrão Tradicional Regional) e Processado (rico em alimentos processados), em 2006; e Saudável, Tradicional Regional, Duplo (rico em alimentos saudáveis e não saudáveis) e Ultraprocessado, em 2015/16. Esses padrões alimentares foram fortemente determinados pelos aspectos demográficos e socioeconômicos de cada época. A participação do padrão Saudável reduziu de 31,6% para 12%, enquanto a preferência pelos padrões Processado e Ultraprocessado aumentou de 21,4% para 29,1%, respectivamente. A prevalência de HAS manteve-se estável (2006:33,1%; 2016:33,5%), embora significativamente maior na zona rural (35,7%) no ano de 2006 e indiferente a área de habitação em 2015/16. Em cada pesquisa, 54,2% e 68,4% dos hipertensos sabiam da sua condição patológica e 11% e 31,6% tinham a PA controlada. As dimensões de conhecimento e controle da HAS melhoraram principalmente na zona rural, apesar da pior evolução dos padrões alimentares nesta região. Na zona urbana, a chance de ser hipertenso mais que duplicou entre homens (OR=2,03; IC95%=1,52-2,71), com obesidade abdominal (OR=2,04; IC95%=1,39-3,00), de meia idade (OR=4,41; IC95%=3,40-5,73) e idosos (OR=14,44; IC95%=4,38-47,65). Na zona rural, a probabilidade de ser hipertenso mais que dobrou entre adultos de meia idade (OR=2,56; IC95%=1,89-3,47), com baixa escolaridade (OR=2,21; IC95%=1,26-3,89) e excesso de peso (OR=2,23; IC95%=1,54-3,22). A HAS foi associada com o padrão alimentar Processado em 2006 (OR=0,60; IC 95%=0,40-0,88), mas o conhecimento e demais aspectos sociodemográficos e antropométricos modificaram esta relação paradoxal em 2015/16 (OR=1,0; IC95%=0,53-1,88). Na última pesquisa, a maior parte dos hipertensos conscientes consumia um padrão alimentar Saudável (79,4%), quando comparado ao Tradicional Regional (p<0,038) ou Ultraprocessado (p<0,023), mas na análise multivariada essa relação foi removida. A influência dos padrões alimentares no controle da PA não foi confirmada (2006:OR=1,62; IC95%=0,23-1,92 e 2015/16:OR=0,81; IC95%=0,38-1,75), porém demanda mais estudos. Conclusão: A prevalência de HAS se manteve estável em adultos de Pernambuco, seu manejo melhorou principalmente na área rural e seus determinantes se mostraram imbricados com os indicadores de desenvolvimento e desigualdade no período do estudo. Para tanto, recomenda-se políticas estruturais com destaque para educação e renda, prioritariamente em áreas rurais; o estímulo a ambientes saudáveis, especialmente em áreas urbanas; e o fortalecimento de sistemas universais de saúde que assegurem o acesso e continuidade do cuidado.
dc.languagepor
dc.rightsrestricted access
dc.titleHipertensão arterial no estado de Pernambuco: análise dos determinantes à luz da transição alimentar e nutricional em um contexto de desenvolvimento e desigualdade
dc.typeThesis


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