dc.contributorGrinsztejn, Beatriz
dc.contributorPacheco, Antonio Guilherme Fonseca
dc.contributorCoelho, Lara Esteves
dc.creatorFerreira, Ana Cristina Garcia
dc.date.accessioned2021-08-11T16:46:58Z
dc.date.accessioned2023-09-05T11:42:07Z
dc.date.available2021-08-11T16:46:58Z
dc.date.available2023-09-05T11:42:07Z
dc.date.created2021-08-11T16:46:58Z
dc.date.issued2018
dc.identifierFERREIRA, Ana Cristina Garcia. Perfil de saúde em uma coorte de mulheres transexuais e travestis no Rio de Janeiro, Brasil: uso de hormônios, infecção pelo HIV e doença cardiovascular. 2018. 83 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
dc.identifierhttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48568
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8639413
dc.description.abstractIntrodução: A população de travestis e mulheres transexuais (mulheres trans) apresenta especificidades em relação à saúde, como demanda por mudanças corporais para feminização e maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV, além de discriminação e exclusão social e econômica que impactam a saúde e estão associadas a elevadas taxas de mortalidade, inclusive por doenças cardiovasculares. No Brasil, não há intervenções em saúde projetadas especificamente para as mulheres trans. Dados sobre risco cardiovascular nessa população são conflitantes e restritos às usuárias de hormônios para feminização, mas não avaliam fatores de risco cardiovascular tradicionais e infecção pelo HIV. Métodos: Transcendendo é uma coorte aberta prospectiva criada em agosto de 2015 com objetivo de avaliar o perfil de saúde nas mulheres trans e sua relação com fatores sociodemográficos e comportamentais, infecção pelo HIV, uso de antirretrovirais, uso de hormônios para feminização, saúde cardiovascular e metabólica. Os resultados da visita de entrada da coorte são descritos e estratificados de acordo com a infecção pelo HIV. Ademais, foi realizada uma avaliação seccional da medida da espessura das camadas íntima e média das artérias carótidas (cIMT) de mulheres trans incluídas na coorte e a sua associação com covariáveis sociodemográficas, fatores de risco cardiovascular tradicionais e outras covariáveis como infecção pelo HIV, uso de cocaína, uso de hormônios, injeção de silicone líquido industrial e cirurgia de redesignação sexual. Resultados: As 322 mulheres trans incluídas na coorte Transcendendo entre agosto de 2015 e julho de 2017 tiveram idade mediana de 31 anos, baixa escolaridade e renda e relataram elevada frequência de violência física e sexual, prostituição, depressão, uso problemático de tabaco, álcool e outras drogas. Foi observada uma alta prevalência de infecção pelo HIV (54%) e uso de hormônios para feminização (49%) na visita de entrada da coorte. Grande parte da população incluída (95%) relatou já ter feito uso de hormônios para feminização em algum momento da vida, sendo 79% delas sem supervisão médica. Quase metade (49%) relatou injeção de silicone líquido industrial e apenas 6% fizeram cirurgia de redesignação sexual. As participantes com infecção pelo HIV apresentaram menos anos de educação formal, maiores proporções (atual e pregressa) de prostituição, tabagismo e uso de drogas. Entre as 341 participantes incluídas na coorte entre agosto de 2015 e fevereiro de 2018, 308 tiveram resultado válido de medida ultrassonográfica da cIMT. Entre as participantes com cIMT válida, os fatores de risco cardiovasculares tradicionais idade e índice de massa corpórea (IMC) foram associados ao aumento da cIMT na regressão logística ajustada por idade, raça e IMC. Não foi observado associação entre infecção pelo HIV ou variáveis relacionadas ao processo de feminização com a cIMT. Conclusão: Os dados da visita de entrada da coorte descrevem um cenário de marginalização e vulnerabilidades e contribuem para redução das lacunas de conhecimento sobre a saúde das mulheres trans, possibilitando o melhor desenho de estratégias e intervenções em saúde específicas. Os fatores de risco cardiovasculares tradicionais idade e IMC foram associados ao aumento da cIMT nessa população. Estudos longitudinais são necessários para melhor avaliação dos fatores relacionados à saúde das mulheres trans, assim como o desenho de intervenções específicas que possam colaborar para o desenvolvimento intervenções em saúde apropriadas para essa população.
dc.languagepor
dc.rightsopen access
dc.titlePerfil de saúde em uma coorte de mulheres transexuais e travestis no Rio de Janeiro, Brasil: uso de hormônios, infecção pelo HIV e doença cardiovascular
dc.typeThesis


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