Escritas de (trans)formação: histórias de mulheres e caminhos para o cuidado

Abstract

Este trabalho de conclusão de curso busca explorar os caminhos para o cuidado junto às mulheres imersas em situações de violência de gênero, acompanhadas por um módulo do Eixo Trabalho em Saúde durante a formação em Terapia Ocupacional. Através da análise das escritas de formação produzidas em diários de campo, toma-se os afetos e afetações como metodologia de pesquisa em diálogo com a clínica dos afetos e o cuidado em ato para proposições de estratégias de cuidado e reflexões sobre a formação em saúde. O objetivo principal deste estudo é refletir sobre a tessitura do cuidado a partir do encontro com mulheres e as reverberações na formação em Terapia Ocupacional. Para alcançar esse objetivo, foi realizado um intenso diálogo entre os conceitos de violência, gênero e as narrativas das mulheres acompanhadas. A leitura das narrativas associadas à produção artístico-afetiva da pesquisadora, revela que a proposição do cuidado, por meio de uma prática de saúde implicada com os afetos, proporciona a construção de espaços de ressignificação dos cotidianos e produção de outros modos de vida para as mulheres acompanhadas.

This undergraduate thesis aims to explore pathways for providing care to women immersed in situations of gender-based violence, accompanied by a Health Work module during Occupational Therapy training. Through the analysis of training writings produced in field diaries, affect and affectivity are taken as a research methodology, in dialogue with the clinic of affects and care in action, in order to propose care strategies and reflections on health education. The main objective of this study is to reflect on the weaving of care through encounters with women and the reverberations in Occupational Therapy training. To achieve this objective, there was an intense dialogue between the concepts of violence, gender, and the narratives of the women being supported. The reading of narratives associated with the researcher's artistic-affective production reveals that the proposition of care, through a health practice that is engaged with affectivity, enables the construction of spaces for redefining everyday life and producing alternative ways of living for the women being supported.