Investimentos em ESG: riscos, implicações e seu desempenho nos últimos anos

Abstract

A sigla (ESG) Environmental, Social and Governance, apresentou relevância nos últimos anos, devido aos crescentes debates sobre o desenvolvimento sustentável. O motivo das crescentes discussões se deve a Agenda 2030, acordo entre países signatários da Organização das Nações Unidas (ONU) que se comprometem a buscar soluções para os problemas do planeta e da humanidade. A partir dessa hipótese, o presente trabalho propõe estudar a rentabilidade dos investimentos ESG e seu desempenho nos últimos anos. A análise pode indicar se o retorno médio dos fundos é" estatisticamente" diferente do índice IBOVESPA. Para esse propósito, utilizou-se dados do sistema de Economática e IBOVESPA, referente ao período de janeiro de 2010 a outubro de 2022. A amostra foi de 43 Fundos de investimentos ESG com classificação Ações Sustentabilidade/Governança. Para a modelagem, foi realizado o cálculo dos retornos anuais acumulados, para o teste estatístico foi utilizada a Distribuição Normal, através do Teste T. Dado que o estudo foi produzido com amostra de base populacional, a Distribuição Normal foi a distribuição escolhida, que tem por essência a padronização dos dados, logo um melhor ajuste. Nos dois momentos analisados, 2010 - 2022 e 2021 - 2022, foi possível aferir indícios sobre a hipótese nula H₀, tendo como premissa que existe diferença significativa entre a média das ações e o IBOVESPA. Após estimação da diferença entre as médias, foi calculado o teste T para verificar se existe uma diferença considerável entre. No período de 2010 a 2022, os resultados dos retornos anuais acumulados dos Fundos ESG, nos últimos 6 anos, foram positivos. Portanto, suficientes para não rejeitar a hipótese nula, tendo em vista que a conclusão do teste T aponta para a existência estatística da diferença entre as duas médias. No período de 2021 a 2022, a inferência dos resultados a hipótese não será rejeitada.