dc.description.abstract | Fundamento: Os equipamentos de avaliação da pressão arterial batimento a
batimento apresentam boa acurácia quando comparado com a pressão arterial
invasiva e podem contribuir com a monitorização hemodinâmica durante a
realização de procedimentos intervencionistas. Entretanto, seu uso na prática
clínica ainda não foi totalmente validado. Objetivo: Desenvolver e testar um
equipamento de monitorização de pressão arterial batimento a batimento
durante a realização de coronariografia e comparar com as medidas obtidas
pela pressão arterial invasiva. Métodos: Foram selecionados 28 pacientes com
indicação de estudo hemodinâmico. Os pacientes permaneceram em decúbito
dorsal horizontal e foram orientados quanto ao uso da pulseira no pulso radial
esquerdo para monitorização da pressão arterial periférica batimento a
batimento. Após a realização da punção da artéria femural ou radial direita e
verificação da pressão arterial invasiva através de transdutor de pressão foi
realizada a calibração do sistema de tonometria arterial periférica. As medidas
pressóricas foram coletadas em 6 momentos durante a coronariografia em
intervalos regulares e os dados foram comparados com as medidas simultâneas
obtidas pelo sistema invasivo. Todos os pacientes assinaram o termo de
consentimento livre e esclarecido. A comparação de médias das duas
mensurações foi realizada utilizandose
teste t de Student para amostras
pareadas. Valor de p ≤ 0,05 foi considerado significante. CEP: 534.636
Resultados: Houve diferença significativa entre o tempo necessário para a
equipe de hemodinâmica adquirir a primeira medida da pressão arterial invasiva
e o tempo da primeira medida da pressão arterial batimento a batimento (11,1 ±
5,1 e 1,5 ± 1,8; p < 0,0001, respectivamente). Não houve diferença estatística
entre as médias da pressão arterial sistólica com o equipamento quando
comparado com a pressão arterial invasiva (130,73 ± 15,95 vs 128,79 ± 16,24,
p= 0,305, respectivamente). Não houve diferença estatística entre as médias da
pressão arterial diastólica com o equipamento quando comparado com a
pressão arterial invasiva (78,26 ± 13,23 vs 77,57 ± 12,54, p= 0,677,
respectivamente). Os coeficientes de correlação intraclasse (IC 95%) da pressão arterial sistólica e da diastólica foram 0,897 (0,780; 0,952) e 0,876 (0,734;
0,942), respectivamente, indicando uma boa reprodutibilidade. Conclusão: O
equipamento desenvolvido foi testado e não houve diferenças significativas
entre as medidas de pressão arterial invasiva e por tonometria arterial periférica.
Assim, esta técnica pode constituir uma ferramenta coadjuvante promissora,
quando associada à monitorização invasiva, durante procedimentos de
coronariografia. | |