dc.description.abstract | A proposta do presente estudo é verificar a ação pastoral da Igreja Católica junto ao povo de rua, tendo como objetivo formar um conceito teórico sobre a contribuição social da pastoral, a partir da ação de Entidades de apoio ao povo de rua.
No decorrer do século XX, surge dentro da Igreja Católica a preocupação de seus membros com a questão social. A região da América Latina mereceu uma atenção especial de parte da Igreja, em virtude de seu contexto histórico e da grande presença católica no continente.
O Brasil, um dos países com a maior população católica do mundo, inicia na década de 60 um conjunto de ações de base que formulam a chamada Teologia da Libertação. Essa Teologia baseia-se um movimento que por meio de uma análise crítica da realidade social, buscou auxiliar a população pobre e oprimida na luta por direitos
Essa vertente dentro da Igreja Católica brasileira passou a se posicionar mais firmemente em relação aos problemas econômicos e sociais que estavam atingindo o país. Foi nesse contexto, que houve aumento do envolvimento da Igreja Católica com a realidade de seus fiéis, assim inicia o processo de Ação Pastoral.
Sofiat (2004) ressalta que, nessa teologia o povo é visto como sujeito privilegiado na Palavra de Deus. A TL quer construir um novo modelo de Igreja Católica, organizado em comunidades e movimentos, participativo, igualitário entre leigo e clero, entre hierarquia e povo vigente a uma nova maneira de exercer o poder, na busca de superar o centralismo da Cúria Romana em busca do ecumenismo e aberto ao diálogo inter-religioso..
O interesse pela temática enquanto elemento de investigação científica surgiu a partir da minha entrada nas doações para as atividades do grupo, e devido a essa aproximação tive acesso aos integrantes e moradores de rua da região que são os motivadores da Pastoral.
Através das experiências em campo percebi a importância da Igreja física e os participantes da Pastoral da Misericórdia para fortalecer a luta pela inserção dos excluídos em espaços sociais, sobretudo pelo fato de suas ações terem opção preferencial pelos pobres – cujas bases norteadoras tiveram suas origens nas conferências Episcopais de Medellín e Puebla. | |