dc.description.abstract | Dada a importancia dos glicoesfingolipideos nos sistemas biologicos foram avaliados os efeitos da Miriocina, um inibidor da serina palmitoil transferase, enzima relacionada com a primeira etapa da via de sintese de esfingolipideos e, da Aureobasidina A, inibidor da inositol fosforilceramida sintase, sobre o crescimento, expressao de lipideos e morfologia de formas epimastigotas de Trypanosoma cruzi cepas G e CL. Estas cepas diferenciam-se quanto a expressao de glicolipideos, por exemplo, epimastigotas da cepa G contem, quase que exclusivamente, glicolipideos apresentando ceramida em sua estrutura, e parasitas da cepa CL expressam glicolipideos contendo ceramida (60%) e alquilacilglicerol(40%). Miriocina nas concentracoes 10 μM e 30 μM inibe o crescimento de formas epimastigotas da cepa G em torno de 22% e 51%, respectivamente, e os parasitas cultivados na presenca de Miriocina 30 μM apresentam-se mais arredondados em relacao ao controle. Por outro lado, nao foram observadas alteracoes morfologicas e inibicao significativa de crescimento quando epimastigotas da cepa CL foram cultivados na presenca de Miriocina. Para ambas as cepas foi demonstrado que a Miriocina inibiu a atividade da serina palmitoil transferase, uma vez que houve reducao da expressao de inositol fosforilceramida (IPC) e de glicolipideos contendo ceramida. Cabe salientar que em ambas as cepas foi observado aumento da expressao de glicolipideos contendo alquilacilglicerol. Formas epimastigotas de T. cruzi (cepa G) apresentam regioes de microdominios de membranas resistentes a detergentes nao-ionicos ricos em glicoesfingolipideos e ergosterol. O tratamento dos parasitas com Miriocina, onde ha sintese de glicolipideos apresentando alquilacilglicerol, nao alterou o perfil de distribuicao de glicolipideos nas fracoes do gradiente de sacarose apos ultracentrifugacao, indicando que ambas as formas de glicolipideos estao organizadas e compactadas como olipid raftso no parasita. A Aureobasidina A, na concentracao de 10 μM inibiu o crescimento de formas epimastigotas das cepas G e CL, em 82% e 78%, respectivamente. Os resultados apresentados mostram, claramente, que os esfingolipideos sao importantes/essenciais para o desenvolvimento destes microorganismos | |