As representações da morte e do morrer na cultura material para entender o viver no Egito Romano (I- IV d.C.) e o cenário educacional sobre a África Antiga no Brasil

Abstract

Este trabalho tem como objetivo analisar a morte e o morrer no Egito Romano do século I d.C. ao século IV d.C. por intermédio da cultura material funerária. Para tanto, serão mobilizados retratos, máscaras e estelas funerárias enquanto aporte documental. Pretende-se, assim, compreender e problematizar relações sócio-culturais presentes em um contexto complexo, marcado pela ocupação territorial romana, posterior à grega. Tais conjunturas resultaram em uma sociedade distinta daquela do Egito faraônico, mais vívida, de modo geral, no imaginário popular. Nesse sentido, decorre das discussões efetuadas a proposição de uma sequência didática, visando alinhar ensino e pesquisa. Tem-se em vista a relevância da História Antiga na construção da memória histórica, mais precisamente, a importância da África Antiga na Educação Básica no Brasil. Portanto, serão apontados caminhos pedagógicos para a utilização da cultura material funerária em sala de aula, enquanto instrumento de aprendizagem, a fim de realçar a complexidade do Mundo Antigo, um mundo conectado. Compreende-se que a temática da morte e do morrer pode ser extremamente profícua para o estudo dos traços sociais do Egito Romano em sala de aula.