The color of Agroecology: intersections between race and gender in the construction of agroecological knowledge

dc.contributorSouza, Cimone Rozendo de
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/5633740273120216
dc.contributorhttps://orcid.org/0000-0002-4903-0839
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/8227598190372706
dc.contributorPaiva, Irene Alves de
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/7842254018559167
dc.contributorRodrigues, Denise Carvalho dos Santos
dc.contributorFigueiredo, Ângela Lúcia Silva
dc.contributorMelo, Paula Balduino de
dc.creatorSantos, Carine de Jesus
dc.date2023-08-18T23:03:21Z
dc.date2023-08-18T23:03:21Z
dc.date2022-12-16
dc.date.accessioned2023-09-04T14:10:03Z
dc.date.available2023-09-04T14:10:03Z
dc.identifierSANTOS, Carine de Jesus. A cor da agroecologia: intersecções entre raça e gênero na construção do conhecimento agroecológico. Orientador: Cimone Rozendo de Souza. 2022. 160f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.
dc.identifierhttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54551
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8604015
dc.descriptionThis research aims to analyze how black women participate in Agroecology, in the context of the Women's Working Groups of the Brazilian Association of Agroecology (ABA) and the National Articulation of Agroecology (ANA), based on a decolonial approach and in dialogue with intersectional feminism. The specific objectives are: 1) To analyze how Agroecology deals with the guidelines and contributions made by black women who are in the construction of this field of knowledge, based on the Women's WG of ABA and ANA; 2) Understand how the intersection, involving issues of race, gender, class and other markers, is treated in Agroecology and; 3) Reflect on the impacts of coloniality on Agroecology. As methodological strategies, a systematic literature review and a bibliographical review were used, in addition to conducting 10 interviews with participants from the aforementioned GTs. The research was based on the reflections of Angela Figueiredo (2020), Aníbal Quijano (2005), Beatriz Nascimento (2021), Clóvis Moura (1983), Espinosa-Miñoso e Nadia Ziroldo (2022), Grada Kilomba (2019), Jurema Werneck (2010), Liliam Schwarcz (1994), Ochy Curiel (2019), Patricia Hill Collins (2020), Paula Balduíno de Melo (2010), Ramón Grosfoguel (2019), Sueli Carneiro (2003), Vivian Motta (2020), among other equally important authors. Relying on this theoretical framework, we question how the idealization and naturalization of the universal woman category contribute to the erasure and silencing of black women in the construction of this area of knowledge and we observe how women who suffer from racialization processes have mediated/claimed its place of enunciation in this context. Considering that the women involved in the construction of Agroecological praxis claim the visibility and appreciation of their participation and protagonism, the racial issue is still silenced, motivated by a white narcissistic indignation, a category named by Cida Bento (2002), with which we are associated. As a result, we noticed that, although agroecology announces in its discourse the proposition of a project of social transformation with a view to confronting and overcoming social, racial and gender inequalities, in search of well-being for society as a whole, in In practice, however, gender assumed a central role in the narratives. The struggle that has been waged by the feminist movement in Agroecology has advanced in understanding the existence of a diversity of women: peasant, indigenous, asian, quilombola, rural, among others, however, anti-racism still does not necessarily materialize as a practice and remains marginal, from the analysis point of view. Even so, it was possible to verify in the interviewees' statements the recognition of intersectionality as an important theoreticalreflexive instrument, but without exploring its political character, summing up to a rhetorical appeal.
dc.descriptionEsta pesquisa tem como objetivo analisar como se dá a participação das mulheres negras na Agroecologia, no contexto dos GTs de Mulheres da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) e da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), a partir de uma abordagem decolonial e em diálogo com o feminismo interseccional. Os objetivos específicos são: 1) Analisar como a Agroecologia trata as pautas e as contribuições colocadas pelas mulheres negras que estão na construção desse campo do conhecimento, a partir dos GTs de Mulheres da ABA e da ANA; 2) Compreender como a intersecção, envolvendo as questões de raça, gênero, classe e outros marcadores, é tratada na Agroecologia e; 3) Refletir sobre os impactos da colonialidade na Agroecologia. Como estratégias metodológicas foram utilizadas a revisão sistemática de literatura e a revisão bibliográfica, além da realização de 10 entrevistas com participantes dos GTs mencionados. A pesquisa se embasou nas reflexões de Angela Figueiredo (2020), Aníbal Quijano (2005), Beatriz Nascimento (2021), Clóvis Moura (1983), Espinosa-Miñoso e Nadia Ziroldo (2022), Grada Kilomba (2019), Jurema Werneck (2010), Liliam Schwarcz (1994), Ochy Curiel (2019), Patricia Hill Collins (2020), Paula Balduíno de Melo (2010), Ramón Grosfoguel (2019), Sueli Carneiro (2003), Vivian Motta (2020), entre outros/as autores/as igualmente importantes. Apoiando-se neste arcabouço teórico, questionamos como a idealização e a naturalização da categoria mulher universal contribuem para o apagamento e o silenciamento das mulheres negras na construção desta área do conhecimento e observamos como as mulheres que sofrem com os processos de racialização têm agenciado/reivindicado seu lugar de enunciação nesse âmbito. Considerando que as mulheres envolvidas na construção da práxis Agroecológica reivindicam a visibilização e a valorização de sua participação e protagonismo, a questão racial ainda é silenciada, motivada por uma indignação narcisista branca, categoria nomeada por Cida Bento (2002), a qual nos associamos. Como resultado, percebemos que, embora a Agroecologia anuncie em seu discurso a proposição de um projeto de transformação social com vistas ao enfrentamento e à superação das desigualdades sociais, raciais e de gênero, em busca do bem-viver para o conjunto da sociedade, na prática, entretanto, o gênero assumiu um papel central nas narrativas. A luta que vem sendo travada pelo movimento feminista na Agroecologia avançou na compreensão da existência de uma diversidade de mulheres: camponesas, indígenas, asiáticas, quilombolas, rurais, entre outras, no entanto, o antirracismo ainda não se materializa necessariamente enquanto prática e permanece marginal, do ponto de vista das análises. Ainda assim, foi possível constatar nas falas das entrevistadas o reconhecimento da interseccionalidade como instrumento teórico-reflexivo importante, mas sem explorar o seu caráter político, resumindo-se a um apelo retórico.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagept_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Norte
dc.publisherBrasil
dc.publisherUFRN
dc.publisherPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
dc.rightsAcesso Aberto
dc.subjectAgroecologia
dc.subjectMulheres negras
dc.subjectDecolonialidade
dc.subjectFeminismo interseccional
dc.subjectCNPQ::OUTROS::CIENCIAS SOCIAIS
dc.titleA cor da agroecologia: intersecções entre raça e gênero na construção do conhecimento agroecológico
dc.titleThe color of Agroecology: intersections between race and gender in the construction of agroecological knowledge
dc.typedoctoralThesis


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