dc.contributorBraida, Celso Reni
dc.contributorUniversidade Federal de Santa Catarina
dc.creatorBrito Júnior, Valdenor Monteiro
dc.date2021-10-14T19:32:14Z
dc.date2021-10-14T19:32:14Z
dc.date2021
dc.date.accessioned2023-09-02T12:26:44Z
dc.date.available2023-09-02T12:26:44Z
dc.identifier373262
dc.identifierhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229323
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8597402
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2021.
dc.descriptionO objetivo dessa tese de Doutorado é desenvolver um framework não-mentalista para o entendimento do mundo social, rejeitando a tese da dependência da mente aceita na ontologia social analítica contemporânea. No primeiro capítulo, faço uma revisão de literatura a respeito de como a geração ontológica das entidades sociais é pensada dentro da ontologia social analítica (e na sua interseção analítico-continental), tanto no Modelo Padrão em Ontologia Social com o papel central conferido à noção de intencionalidade coletiva, quanto em modelos alternativos ao da intencionalidade coletiva, mostrando que a tese da dependência da mente é afirmada tanto pelo mainstream quanto pelas propostas dissidentes. Também abordo as esparsas tentativas existentes na literatura em questionar a tese da dependência da mente em parte ou no todo. No segundo capítulo, para esclarecer de forma mais precisa no que consiste a tese da dependência da mente, discuto o significado de cada um dos termos relativos à tese em questão: 1) dependência ontológica; 2) entidade social; 3) mente; 4) dependência da mente. Para fazer isso, recorro à metafísica analítica geral, à filosofia da mente e à literatura sobre construção social em filosofia analítica, para além da própria ontologia social. No terceiro capítulo, proponho um framework geral pelo qual é possível formular de forma sistemática em que consiste tanto aceitar quanto rejeitar a tese da dependência da mente, em termos de modelos abstratos de ontologia social. No caso de aceitar a tese da dependência da mente, apresento as alternativas no sentido de aceitar ou não entidades sociais que fossem apenas indiretamente dependentes da mente. No caso de rejeitar a tese da dependência da mente, apresento as alternativas no sentido de como as entidades sociais não dependentes da mente se relacionariam ou não com as entidades sociais dependentes da mente concebidas pela ontologia social majoritária (seja mainstream ou dissidente). Apresento também minhas razões para optar por uma Ontologia Social Não-Mentalista em Níveis. No quarto capítulo, desenvolvo uma teoria para o mundo social denominada de Abordagem Comportamental Biocentrada para a Ontologia Social Não-Mentalista em Níveis. Apresento as estratégias disponíveis de como especificar a base ontológica não-mentalista das entidades sociais em face das entidades já aceitas pela ontologia social majoritária, optando por uma estratégia subtrativa. Aplicando a estratégia subtrativa, elucido como a noção de comportamento seria uma candidata promissora a servir de base ontológica para as entidades sociais não dependentes da mente e discuto como diferentes concepções sobre ação e comportamento dentro da filosofia da ação impactam na plausibilidade dessa proposta. Opto por uma teoria biocentrada do comportamento e da ação, permitindo falar do comportamento e da ação em quaisquer organismos vivos e abrindo caminho para uma ontologia social não-antropocêntrica. Concluo com uma proposta teórica para o comportamento social, fundada em uma noção pluralista de função biológica discutida em filosofia da biologia, estabelecendo quais organismos vivos são aptos a gerar entidades sociais e como as entidades sociais assim geradas são individualizadas, em uma Ontologia Social Não-Mentalista em Níveis.
dc.descriptionAbstract: The aim of this Phd thesis is developing a non-mentalistic framework for the understanding of the social world, consequently rejecting the thesis of mind-dependence in social ontology. In the first and second chapters, I place the discussion in the context of the analytic metaphysics in general and the social ontology in particular. In the first chapter, the thesis of mind-dependence is explained, both in the mainstream strong intentionalist program (or the collective intentionality program) and in the dissident attack against the necessity or sufficiency of the collective intentionality for social kinds. In the second chapter, the meaning of the mind-dependence thesis receives a systematic assessment, considering the usual vague character of this assessment in the literature. In this fashion I discuss what is: 1) ontological dependence; 2) social entities; 3) mind; 4) mind-dependence. In the third chapter, I envision a systematic framework for generating non-mentalistic social ontologies. Discussing the different variants of non-mentalistic social ontology in a very abstract level, I present my own favored theory. This theory asserts that there are two kinds in the social world: that of the mentalistic social kinds and that of the behavioristic (non-mentalistic) social kinds. They correspond to a distinction between derivative and basic social kinds. The way this theory evades the mind-dependence is not for negating mentalistic social kinds, rather for asserting that all mentalistic social kinds originates by a metaphysical combination between the behavioristic social kinds and the various mental states. In other words, all mentalistic social kinds are derivative social kinds, none are basic social kinds. In the fourth chapter, I propose a behavioral biocentric approach to social kinds: all basic social kinds are behavioral patterns, abstract specifications of coordinated behaviors whose token are concrete behaviors by organisms naturally selected for sociability. I discuss the notion of action and/or behavior for this account, examining alternative notions in relation to the mainstream intellectualistic definition of action as intentional action: the thesis of action as prime or basic, and the primitive action theory. Both of them stress the non(-necessarily)-cognitive character of the action (or of some kind of it). Additionally, I employ the notion of biological function for specific criteria for social organisms and social entities. Social ontology arises from the evolution of cooperation (selective effects account of biological function) and its components (the social entities themselves) are individualized by causal roles in an interaction (causal roles account of biological function). Therefore, my theory entails that the foundations of social ontology rest on motor and perceptual notions, not cognitive ones. The conclusion is that a non-mentalistic approach for the ontology of the social world is a lively theoretical possibility worth of serious philosophical examination, and that the near-to-universal acceptation of the mind-dependence thesis is not warranted.
dc.format345 p.| il.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.subjectFilosofia
dc.subjectOntologia
dc.subjectMetafísica
dc.subjectFilosofia da mente
dc.subjectAto (Filosofia)
dc.titleOntologia social não-mentalista: uma abordagem comportamental biocentrada
dc.typeTese (Doutorado)


Este ítem pertenece a la siguiente institución