dc.contributorSantana, Ana Paula de Oliveira
dc.contributorUniversidade Federal de Santa Catarina
dc.creatorPottmeier, Sandra
dc.date2021-08-23T14:05:35Z
dc.date2021-08-23T14:05:35Z
dc.date2021
dc.date.accessioned2023-09-02T11:03:45Z
dc.date.available2023-09-02T11:03:45Z
dc.identifier372109
dc.identifierhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/226958
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8593179
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2021.
dc.descriptionEsta tese, inscrita na área da Linguística Aplicada, vinculada à linha de Linguagem: Discurso, Cultura Escrita e Tecnologia, do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina, buscou compreender o processo de inclusão escolar de estudantes com diagnóstico de Dislexia na voz dos gestores, professores de Língua Portuguesa, família e dos próprios escolares. Trata-se de um estudo qualitativo aplicado a partir de entrevista com quatro estudantes, cinco familiares, quatro professoras de Língua Portuguesa e duas gestoras pertencentes às escolas da rede pública estadual do município de Blumenau/SC. O arcabouço teórico assenta-se nos estudos do Círculo de Bakhtin e em pesquisas sobre o trabalho do professor de Língua Portuguesa (GERALDI, 1996, 2006, 2013[1991], 2015a, 2015b); (multi)letramentos (BARTON; HAMILTON, 1998; FISCHER, 2007; ROJO, 2009, 2012, 2013; STREET, 1993, 2003, 2014). Lahire (1997) e Bourdieu (1994, 1997, 2013) quanto à manutenção e reprodução das desigualdades sociais na educação. E das reflexões acerca da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008b, BEYER, 2013; MANTOAN, 2003, 2006). Os resultados, analisados a partir de uma análise descritivo-interpretativista, apontaram que tanto as gestoras quanto as professoras ainda desconhecem ou não têm aprofundamento sobre as leis e políticas de inclusão, uma vez que as formações pouco abordam o que é Dislexia e como trabalhar com esse público. As gestoras e as professoras sinalizam em seus discursos para uma Educação Inclusiva que enreda para Educação Especial, elegendo a inclusão aquela que está atrelada ao segundo professor e ao Atendimento Educacional Especializado. Não há assim, uma diferença entre o público-alvo da Educação Especial e os com transtorno de aprendizagem, como a Dislexia. Quanto ao diagnóstico de Dislexia para os estudantes, para as famílias dos estudantes, para as professoras e para as gestoras, depreendeu-se que estes atores sociais não compreendem ou não sabem o que é Dislexia e/ou Transtorno de Leitura. Quanto à formação do professor para práticas inclusivas com estudantes com Dislexia, estes ainda encontram dificuldades para entender e elaborar estratégias de ensino e aprendizagem para diferentes sujeitos que chegam às escolas na atualidade, gerando dúvidas e conflitos de/em como promover a sua inclusão de maneira mais efetiva. Conclui-se que é preciso pensar em práticas pedagógicas direcionadas para o ensino e aprendizagem híbridos, em que o estudante se depare com mais possiblidades de desenvolver-se e apropriar-se do conhecimento que ainda apresenta dificuldades para aprender na relação com o outro, mediado pelo outro (professor, estudante). Contudo, o que se percebe, por vezes, é que o público diagnosticado com Dislexia fica restrito às aulas de reforço dos professores das disciplinas em que apresentam as dificuldades de leitura e de escrita, em acordo com o que regem as políticas de inclusão e as leis da educação brasileira. Assim, entende-se que a formação continuada em serviço a partir de cursos, especializações, palestras, seminários, entre outros, é importante quando faz sentido para o professor e quando de fato está atrelada à prática no cotidiano escolar, das observações, do diálogo com outros colegas de profissão (gestores, coordenadores pedagógicos, professores).
dc.descriptionAbstract: This thesis, enrolled in Applied Linguistics, linked to the line of Language: Discourse, Written Culture, and Technology, of the Graduate Program in Linguistics at the Federal University of Santa Catarina, sought to understand the process of school inclusion of students diagnosed with Dyslexia in the voice of managers, Portuguese language teachers, family, and students themselves. It is a qualitative study applied for an interview with four students, five family members, four Portuguese language teachers, and two managers belonging to public schools in the city of Blumenau/SC. The theoretical framework is based on the studies of the Bakhtin Circle and research on the work of the Portuguese language teacher (GERALDI, 1996, 2006, 2013 [1991], 2015a, 2015b); (multi)literacies (BARTON; HAMILTON, 1998; FISCHER, 2007; ROJO, 2009, 2012, 2013; STREET, 1993, 2003, 2014). Lahire (1997) and Bourdieu (1994, 1997, 2013) regarding the maintenance and reproduction of social inequalities in education. And reflections on Inclusive Education (BRASIL, 2008; BEYER, 2013; MANTOAN, 2003, 2006). The results analyzed from the descriptive-interpretative analysis pointed out that both the managers and the teachers still do not know or do not have a deep understanding of the laws and policies of inclusion, since the formations hardly address what Dyslexia is and how to work with this public. The managers and teachers point out in their speeches for an Inclusive Education that entangles for Special Education, choosing the inclusion that is linked to the second teacher and the Specialized Educational Service. There is, therefore, no difference between the target audience of Special Education and those with learning disabilities, such as Dyslexia. As for the diagnosis of Dyslexia for students, for students' families, teachers, and managers, it was found that these social actors do not understand or do not know what Dyslexia and/or reading disorder is. As for teacher training for inclusive practices with students with Dyslexia, they still find it difficult to understand and develop teaching and learning strategies for different subjects who come to schools today, generating doubts and conflicts about/on how to promote their inclusion in a way more effective. We conclude that it is necessary to think about pedagogical practices aimed at hybrid teaching and learning, in which the student is faced with more possibilities to develop and appropriate the knowledge that still presents difficulties to learn concerning the other, mediated by the other (teacher, student). However, what is perceived, sometimes, is that the public diagnosed with Dyslexia is restricted to tutoring classes in the disciplines in which they have reading and writing difficulties, following the rules of inclusion policies and Brazilian education laws. Thus, it is understood that continuing education in-service based on courses, specializations, lectures, seminars, among others, is important when it makes sense for the teacher and when in fact it is linked to the practice in the school routine, observations, dialogue with other professional colleagues (managers, pedagogical coordinators, teachers).
dc.format276 p.| il., tabs.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.subjectLinguística
dc.subjectLinguagem e línguas
dc.subjectEducação básica
dc.subjectDislexia
dc.subjectInclusão escolar
dc.subjectProfessores
dc.titleA inclusão educacional e o diagnóstico de dislexia: o que enunciam estudantes, familiares, professores de língua portuguesa e gestores?
dc.typeTese (Doutorado)


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