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Anestesia subaracnóidea em crianças
Registro en:
Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 51, n. 6, p. 537-547, 2001.
0034-7094
10.1590/S0034-70942001000600009
S0034-70942001000600009
S0034-70942001000600009.pdf
Autor
Módolo, Norma Sueli Pinheiro
Castiglia, Yara Marcondes Machado
Resumen
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Tem aumentado muito o emprego da anestesia subaracnóidea em crianças, principalmente neonatos com risco de desenvolver apnéia neonatal. O objetivo deste trabalho foi rever as diferenças anatômicas, fisiológicas e farmacológicas desta técnica em crianças. CONTEÚDO: A anestesia subaracnóidea em crianças, apesar de ter sido técnica empregada desde o início do século XX, teve sua popularidade diminuída com o advento dos anestésicos inalatórios e bloqueadores neuromusculares, para ser novamente resgatada em 1979. As características favoráveis desta técnica em pediatria são relativas à estabilidade cardiovascular, em crianças de até 8 anos de idade, à analgesia satisfatória e ao relaxamento muscular. Os anestésicos mais utilizados em crianças são a tetracaína e a bupivacaína, cujas doses são ajustadas tomando-se por base o peso corporal. Esta técnica é limitada pela duração relativamente curta, devendo ser utilizada para procedimentos cirúrgicos que não ultrapassem 90 minutos e também pela analgesia não abranger o pós-operatório. As complicações são as mesmas encontradas no paciente adulto, incluindo cefaléia por punção dural e irritação radicular transitória. As indicações são várias: cirurgias de abdômen inferior, genitália, membros inferiores, região perineal e, em alguns casos, até em cirurgias torácicas. Seu emprego tem particular interesse nos recém-nascidos prematuros, pelo risco de apresentarem a apnéia da prematuridade. CONCLUSÕES: A anestesia subaracnóidea em crianças é técnica relativamente segura, com poucas complicações e pode ser considerada como opção para anestesia geral, principalmente nos recém-nascidos prematuros com risco de apresentarem complicações respiratórias no pós-operatório. JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Ha aumentado mucho el empleo de la anestesia subaracnóidea en niños, principalmente neonatos con riesgo de desarrollar apnea neonatal. El objetivo de este trabajo fue rever las diferencias anatómicas, fisiológicas y farmacológicas de esta técnica en niños. CONTENIDO: La anestesia subaracnóidea en niños, a pesar de haber sido técnica empleada desde el inicio del siglo XX, tuvo su popularidad diminuida con el adviento de los anestésicos inhalatorios y bloqueadores neuromusculares, para ser nuevamente rescatada en 1979. Las características favorables de esta técnica en pediatría son relativas a la estabilidad cardiovascular, en niños de hasta 8 anos de edad, a la analgesia satisfactoria y al relajamiento muscular. Los anestésicos mas utilizados en niños son la tetracaína y la bupivacaína, cuyas dosis son ajustadas tomándose por base el peso corporal. Esta técnica es limitada por la duración relativamente corta, debiendo ser utilizada para procedimientos quirúrgicos que no ultrapasen 90 minutos, también por su analgesia al llegar y al pós-operatorio. Las complicaciones son as mismas encontradas en el paciente adulto, incluyendo cefalea por punción dural e irritación radicular transitoria. Las indicaciones son varias: en cirugías de abdomen inferior, genitales, miembros inferiores, región perineal y, en algunos casos, incluso en cirugías torácicas. Su empleo tiene particular interés en los recién-nacidos prematuros, por causa del riesgo de presentar la apnea de la prematuridad. CONCLUSIONES: La anestesia subaracnóidea en niños es técnica relativamente segura, con pocas complicaciones y puede ser considerada como opción para anestesia general, principalmente en los recién-nacidos prematuros con riesgo de presentar complicaciones respiratorias en el pós-operatorio. Background and Objectives: Pediatric spinal anesthesia has gained popularity mainly as an alternative to general anesthesia in pre-term neonates at risk for developing neonatal apnea. This study aimed at evaluating anatomic, physiologic and pharmacological differences of the technique in children. Contents: Spinal anesthesia in children is being used since the early 20th century, but was overlooked for many years due to the introduction of inhalational anesthetics and neuromuscular blockers. It regained popularity in 1979. Its positive effects in pediatric anesthesia are cardiovascular stability in children up to 8 years of age, satisfactory analgesia and muscle relaxation. Most popular pediatric anesthetics are tetracaine and bupivacaine in doses adjusted to body weight, but this technique is limited by a relatively short duration of anesthesia. Surgical procedures cannot last more than 90 min and there is no satisfactory postoperative pain control. Complications are the same for adult patients and include post-dural puncture headache and transient radicular irritation. Indications are: lower abdomen, genitalia, perineal region, lower limbs and, in some cases, even thoracic surgeries. It is particularly attractive for pre-term neonates at higher risk for postoperative apnea after general anesthesia. Conclusions: Spinal anesthesia in children is a relatively safe technique with few complications and may be considered an alternative for general anesthesia, especially for pre-term neonates at risk for postoperative respiratory complications.