dc.contributorDaura-Jorge, Fábio Gonçalves
dc.contributorUniversidade Federal de Santa Catarina
dc.creatorFlach, Luiza Klein
dc.date2022-08-26T20:50:22Z
dc.date2022-08-26T20:50:22Z
dc.date2022-08-26
dc.date.accessioned2023-09-02T07:26:01Z
dc.date.available2023-09-02T07:26:01Z
dc.identifierhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238488
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8582626
dc.descriptionSeminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Departamento de Ecologia e Zoologia.
dc.descriptionO tubarão-charuto, Isistius spp., é um pequeno tubarão oceânico conhecido por deixar marcas características em suas presas devido ao seu hábito alimentar oportunista. Entre as principais presas, estão os cetáceos, caracterizando uma interação interespecífica de natureza ainda não bem conhecida. Marcas dessa interação já foram documentadas em 13 espécies de cetáceos em águas brasileiras, totalizando 49 espécies ao redor do mundo. Estas marcas são frequentemente observadas nos cetáceos por meio da técnica de fotoidentificação, permitindo, a partir da identificação da lesão, o registro de ocorrências e prevalências da interação e suas nuances ecológicas. Estudos que buscam entender essa interação ainda são escassos no Brasil. Portanto, o presente estudo tem como objetivo avaliar a ocorrência e prevalência de marcas de mordidas de Isistius spp. em diferentes espécies de cetáceos, testar se este padrão varia espacialmente, sazonalmente e entre espécies, e investigar possíveis condições facilitadoras dessa interação. Esse estudo foi realizado a partir de dados do Projeto de Monitoramento de Cetáceos da Bacia de Santos (PMC-BS), que monitora em larga escala temporal e espacial as populações de cetáceos encontradas em águas costeiras e oceânicas da Bacia de Santos, região que se estende do Rio de Janeiro a Santa Catarina, abrangendo uma área de cerca de 350 mil km2. Os dados de fotoidentificação foram coletados durante todas as atividades embarcadas realizadas pelo PMC-BS entre os anos de 2015 e 2021, possibilitando o cruzamento da variação de prevalência e ocorrência de lesões com variáveis temporais (sazonalidade e interanual) e espaciais (profundidade e posição geográfica). Todos os registros foram analisados individualmente a fim de identificar marcas de mordidas de tubarão-charuto nos cetáceos. A ocorrência foi avaliada através de avistagens de grupos com lesões por espécie, enquanto a prevalência foi quantificada a partir da razão entre indivíduos fotoidentificados com mordidas e o total identificado anualmente por espécie. O acompanhamento das lesões por espécie, permitiu avaliar se aspectos ecológicos ou biológicos de cada espécie podem favorecer a interação da mesma com indivíduos de Isistius spp. Foram identificados 131 indivíduos de 19 espécies de cetáceos com marcas de mordidas, sendo que para 13 destas espécies, estes são os primeiros registros de interação com tubarão-charuto em águas brasileiras. Para Eubalaena australis, este é o primeiro registro para a espécie. A prevalência foi maior em espécies oceânicas ou costeiro-oceânicas, migratórias, que vivem em pequenos grupos e com grande tamanho corporal, destacando-se os balenopterídeos. A ocorrência foi maior no inverno e espacialmente, embora não varie latitudinalmente, aumentou com a profundidade e distanciamento da costa. Estes resultados reforçam que a interação entre cetáceos e tubarão-charuto deve se limitar às águas oceânicas, onde ocorre Isistius spp. Assim, os raros registros de lesões em indivíduos em área costeira podem indicar movimentos longitudinais de uma presa tipicamente oceânica, porém com uso ocasional de águas costeiras.
dc.formatResumo + Vídeo
dc.formatvideo/mp4
dc.languagept_BR
dc.publisherFlorianópolis, SC
dc.subjectLesões epidérmicas
dc.subjectInterações ecológicas
dc.subjectMamíferos marinhos
dc.titleFotoidentificação de Cetáceos na Bacia de Santo
dc.typeVideo


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