dc.contributorCherfem, Carolina Orquiza
dc.contributorUniversidade Federal de Santa Catarina
dc.creatorPerini, Eduardo Felipe
dc.date2021-08-30T10:45:24Z
dc.date2021-08-30T10:45:24Z
dc.date2021
dc.date.accessioned2023-09-02T06:46:22Z
dc.date.available2023-09-02T06:46:22Z
dc.identifierhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227608
dc.identifier.urihttps://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8580819
dc.descriptionA bolsa disponibilizada pelo CNPq, na modalidade de Iniciação Científica, sobre supervisão da docente Carolina Orquiza Cherfem, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Brasil), pelo Curso de Licenciatura em Educação do Campo, é desenvolvida junto ao bolsista Eduardo Felipe Perini, graduando da UFSC pelo curso de Licenciatura em Educação do Campo com especificidade em Ciências da Natureza e Matemática. Está inserida no projeto de pesquisa da docente iniciado no ano de 2017, com título de: ‘Consubstancialidade de classe, gênero e raça na Educação do Campo: contradições, avanços e desafios’'. A proposta para a bolsa havia sido enviada no ano de 2020, prevendo o período de 1 (um) ano para o seu desenvolvimento. Mesmo com a aprovação do projeto, inicialmente não havia bolsa disponível. No mês de Junho de 2021 surgiu a possibilidade dessa bolsa, entretanto, somente entre Junho a Outubro. Diante disto, o projeto teve que ser adaptado para o desenvolvimento em apenas três meses, o que é um desafio muito grande para a qualidade de uma pesquisa. Neste tempo não é possível desenvolver uma pesquisa de qualidade, por isso o novo plano de trabalho previu apenas uma revisão teórica e uma análise documental. A bolsa ficou disponível no dia 01/06/2021, portanto, entre o processo de seleção de bolsista e o tempo para realizar a burocracia referente a criação e efetivação da conta no Banco do Brasil, como requerido no edital, a bolsa ficou exequível a partir do dia 11/06/2021, com conclusão prevista para o dia 31/08/2021. Devido o prazo limitado da aprovação da bolsa, foi realizada uma seleção das principais referências a serem estudadas, seguindo os seguintes objetivos: : 1) Realizar um estudo com fichamento do principal referencial-teórico do projeto. 2) Realizar um estudo do Projeto Político Pedagógico de duas Universidades dos Cursos de Licenciatura em Educação do Campo. Foi realizada uma seleção de duas universidades que apresentam a orientação da pesquisa em seu currículo e que são referências nacionais do Curso: Universidade de Brasília (UNB) e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS – campus Laranjeiras do Sul). 3) Identificar como o debate de gênero, raça e classe vem sendo realizado pelos Cursos selecionados, a partir da análise documental do Projeto Político Pedagógico das mesmas. Para seguir a primeira tarefa do plano de atividades foram estudadas oito referenciais-teóricos sugeridos pela supervisora, em principal, sobre a construção dos direitos das mulheres do campo, a luta anti-patriarcal, além de discussões que circulam o feminismo camponês e popular, com base no cruzamento das relações de classe, raça e gênero. Os estudos se estenderam entre o período de dois meses e teve como resultado três fichamentos dos seguintes referenciais teóricos: Economia política sob uma análise feminista materialista: a imbricação das relações sociais de sexo, raça e classe, escrito por Miria Cisne e Jules Falquet; Mulheres Negras e o Marxismo, escrito por Letícia Parks, Odete Assis e Carolina Cacau; e o livro Feminismo camponês popular: reflexão a partir de experiências no Movimento de Mulheres Camponesas, organizado por Adriana Maria Mezadri, Justina Inês Cima, Noeli Walter Taborda, Sirlei Antoninha Kroth Gasparetto e Zenaide Collet. O resultado dos fichamentos se traduz no aprimoramento da formação do bolsista e graduando do curso em Educação do Campo a respeito da intersecção de classe, gênero e raça. A supervisão permitiu o bolsista analisar e produzir materiais de pesquisa a partir de referenciais teóricos, assim promovendo uma formação acadêmica que considere as relações sobre gênero, raça e classe, como também a criação, construção e utilização do termo interseccionalidade e a importância dos movimentos sociais, como o Movimento da Mulheres Camponesas, na luta por direitos das mulheres e pela construção da sociedade anti-patriarcal no campo, a partir da agroecologia. Alcançando assim um dos objetivos do projeto que era aprofundar os estudos através de referenciais teóricos e dar subsídios para pensar as questões sociais dentro das universidades e suas relações entre classe, raça e gênero, possibilitando reflexões críticas a respeito da formação de professores e dos Projetos Políticos e Pedagógicos das universidades em disposição a esses temas. Observamos que até o dia 20/09 é o prazo para entregar o relatório final. Considerando que o fichamento do referencial teórico foi finalizado, decidimos avançar na pesquisa para o segundo passo do plano de atividades: 2) Realizar uma análise documental do Projeto Político Pedagógico de duas Universidades dos Cursos de Licenciatura em Educação do Campo. A análise se estenderá no tempo hábil para a entrega do relatório final junto à conclusão da pesquisa. Numa primeira aproximação dos documentos, foi possível observar que as duas universidades trabalham com a intersecção entre classe, raça e gênero. A Universidade de Brasília (UNB) aborda o tema a partir da educação quilombola. Cabe destacar que a Universidade está localizada numa área de concentração de quilombos, o que facilita essa construção. A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS – campus Laranjeiras do Sul), por sua vez, encontra-se com bastante vínculo com os assentamentos rurais e com comunidades indígenas e quilombolas, uma vez que está localizada numa área de disputa pela terra que concentra todos esses povos, auxiliando na intersecção de classe, gênero e raça. Essa aproximação inicial revela que a educação do campo busca a coerência com um de seus princípios, que é a luta pela terra associada à uma educação que parte da realidade e da cultura dos sujeitos do campo. A educação do campo parte da realidade e consegue com isso traçar discussões interseccionais. Constatamos que as duas universidades, que oferecem o curso de Licenciatura em Educação do Campo, estão vivamente fazendo relações interseccionais, uma vez que, utilizam como metodologia partir da realidade.
dc.formatVídeo
dc.formatvideo/mp4
dc.languagept_BR
dc.publisherFlorianópolis, SC
dc.subjectLicenciatura em Educação do Campo
dc.subjectClasse
dc.subjectRaça
dc.subjectGênero
dc.titleConsubstancialidade de classe, gênero e raça na Educação do Campo: contradições, avanços e desafios
dc.typeVideo


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