dc.description | No processo de distanciamento em relação a elementos que estruturam o
positivismo francês e o funcionalismo norte-americano, referenciais amplamente adotados
pela prática dos assistentes sociais brasileiros na primeira metade do século XX, o Serviço
Social no país trilhou o caminho de aproximação contínua, a partir dos anos 1960, com a
teoria marxiana e marxista. Aproximações não raras vezes problemáticas, mas que
integravam suas tentativas de modernização e ruptura com a prática anterior. Este artigo
busca, de modo sintético, apontar para diálogos, mais marxistas que marxianos,
estabelecidos por intelectuais no interior do processo de renovação das diretrizes para a
profissão, o que se traduziu na apropriação de um amplo leque de perspectivas analíticas que
se estende de Althusser a Gramsci, bem como, mais recentemente, a Lukács e Mészáros.
Orienta o artigo a compreensão de que, à parte a filiação recente mais sistemática à obra
marxiana, as adesões ao marxismo continuam a ser de ordem mais pontuais que orgânicas,
resvalando, em vários momentos, para a possibilidade do ecletismo analítico. | |