dc.description.abstract | Nas últimas décadas, o número de casos de câncer vem aumentando a cada ano,
assim como a tendência no número de mortes. Dentre os tipos de o câncer, o de mama
tornou-se o com maior número de diagnósticos em 2021. Os tratamentos clássicos utilizados
para neoplasias, geralmente estão associados a diversos efeitos tóxicos sistêmicos, os quais
comprometem o bem-estar dos pacientes, principalmente em cânceres de mama triplonegativo. É nesse contexto que o ácido docosahexaenoico (DHA), que é um ácido graxo poliinsaturado da família dos ômega-3, obtido significativamente a partir do óleo de peixe, surge
como uma potencial molécula para o tratamento adjuvante de neoplasias. O consumo de
quantidades adequadas desse lipídio está relacionado a diversos benefícios em patologias
neurológicas, cardiovasculares, metabólicas, assim como, o câncer. Esse nutriente vem se
mostrando promissor pelos seus efeitos protetivos contra o desenvolvimento de neoplasias,
inibição do crescimento tumoral, da angiogênese e da formação de metástases, assim
como a diminuição da inflamação. Além disso, também já demonstrou ações sinérgicas
com alguns quimioterápicos, tal e qual, diminuiu os efeitos não desejados dessa abordagem
terapêutica in vivo. A ação de diferentes doses de DHA ainda é controversa na literatura é
bastante escassa em relação às alterações metabólicas, decorrentes da suplementação,
nos tumores em estudos ’in vivo’. Dessa maneira, o objetivo deste estudo é avaliar os
efeitos da suplementação com Ômega-3 (DHA) durante 60 dias, antes e após a inoculação
do tumor, em duas doses diferentes (500 mg/Kg e 2 g/Kg), em camundongos com câncer
de mama triplo-negativo: parâmetros carcinogênicos, perfil metabólico e inflamatório. As
duas doses não apresentaram danos tóxicos sistêmicos, assim como não levaram a danos
hepáticos e renais. Os resultados sugerem que o DHA (2 g/Kg) possui efeitos anti tumorais,
reduzindo o crescimento tumoral, diminuindo os níveis de citocinas pró-inflamatórias nos
tecido adiposos branco e marrom (IL-6,TNF-a e IL-33), no plasma sanguíneo (1L-1b) e
no tumor (IL-6), assim como foi capaz de de reduzir o nível de citocinas que atuam no
processo de evasão imunológica do tumor (TGF-b), mas sem alterações significativas no
metabolismo do tumor. Caso que não se repetiu na dose baixa, a qual evidenciou um
aumento de citocinas (IL-6, IL-33 e TGF-b) e não retardou o crescimento tumoral. A dose
alta nos animais sem tumor, levou a uma redução dos níveis de triglicerídeos séricos, a
aumento de algumas citocinas pró-inflamatórias (IL-6 e IL-33) nos tecidos adiposos e a
redução de TGF-b na mama, assim como uma modulação metabólica com aumento de
ácido oleico, ácido palmitoleico e ácido vacênico no tecido mamário. Assim como o DHA,
possuem ações antitumorais e protetivas contra o desenvolvimento de câncer de mama, o
que contrariamente, a dose baixa levou uma diminuição desses ácidos graxos. Com isso,
esse trabalho caracterizou o efeito da suplementação com DHA, em duas doses distintas,
em parâmetros carcinogênicos, inflamatórios e metabólicos, no qual ficou evidente o papel
diferencial das doses, em que ficou manifesto o papel antitumoral da dose alta. Além disso,
o perfil metabólico do tecido mamário apresentou diferenças significativas em resposta as
doses de DHA, no qual foi observado o aumento de ácidos graxos que podem atuar contra
o desenvolvimento tumoral, como o ácido oleico e o vacênico. | |
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