dc.description.abstract | Esta pesquisa busca analisar as práticas pedagógicas e educacionais baseadas nas cosmovisões e cosmopráticas
das mulheres da terra (indígenas, camponesas, quilombolas, agroflorestoras) ao longo do território de Abya
Yala, que se opõem ao sistema positivista e desenvolvimentista atual, constituindo formas de insurgência
contra-colonial, antipatriarcal e anticapitalista e propondo alternativas relacionadas à luta pela vida (humana e
não humana), em defesa de seus corpos-territórios e à busca pelo Bem viver. Através do diálogo com teorias
antropológicas ecológicas, anarquistas, ecofeministas e contra-coloniais, e da realização de uma análise
documental qualitativa multissituada procuro compreender a forma como se constroem as práticas pedagógicas
contra-hegemônicas protagonizadas por essas mulheres subalternizadas, que surgem a partir das
agrossabedorias, de sua conexão com a terra e o território, e da pedagogia da própria floresta que se dá através
da sensibilidade e do afeto que permitem perceber a biodiversidade da qual os seres humanos fazem parte de
maneira não hierárquica e complementar. | |