| dc.description.abstract | A fim de verificar as diferenças salariais entre trabalhadores imigrantes internacionais e nativos, esta pesquisa mensura e analisa o mercado de trabalho formal do agronegócio brasileiro. Com base nos microdados da RAIS, verificou-se, no ano de 2019, que a população imigrante ocupada no agronegócio do país esteve composta de, aproximadamente, 37 mil indivíduos, dentre os quais 70,6% esteve alocado no segmento da indústria e 20,7% no segmento dos serviços. Destes trabalhadores, 30,1% não possui formação educacional e 21% possui ensino superior completo. Em relação as remunerações, os imigrantes recebem maiores salários que os brasileiros dependendo de algumas características, como, por exemplo, a escolaridade superior, a região de residência e o segmento no qual estão alocados. Além disso, os estrangeiros brancos, amarelos e originários de países da América do Norte e da Europa são os que auferem as maiores remunerações. A análise de regressão viabilizou reforçar esse contexto, evidenciando ainda que as categorias de trabalhadores homens, empregados na região Sudeste e indivíduos com ensino superior possuem maiores médias salariais. Por fim, através da decomposição de Oaxaca-Blinder, estimou-se que, apesar de algumas categorias de estrangeiros ganharem mais que os brasileiros, estes poderiam receber salários ainda maiores se o nível dos termos explicados dos imigrantes fossem ajustados aos mesmos níveis dos brasileiros. Na avaliação somente dos imigrantes, foram evidenciadas diferenças não explicadas mais elevadas entre homens e mulheres, enquanto para os grupos de indivíduos com e sem instrução, brancos e não brancos e não latinos e latinos, sempre positivas para as primeiras categorias, as diferenças salariais foram consideradas explicadas. | |
