Avaliação dos Possíveis Efeitos Tóxicos de Kombuchas em Caenorhabditis elegans

Abstract

Na atualidade, as pessoas buscam, ser mais conscientes sobre o cuidado com a própria saúde, procurando alternativas acessíveis para o bem-estar. Tendo em vista que a kombucha pode nos oferecer propriedades benéficas para a saúde e tem uma preparação simples e rápida, ela se torna uma alternativa desejada para cumprir esse propósito. Não obstante, ainda não se tem muitos estudos que comprovem as propriedades e os possíveis efeitos tóxicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os possíveis efeitos tóxicos de kombuchas fermentadas em diferentes tempos (7, 14 e 30 dias) preparadas com chá verde e preto (5g/L) no organismo modelo Caenorhabditis elegans. Para a realização deste trabalho se utilizou C. elegans N2 (cepa selvagem) sincronizados no estágio larval L1, o tratamento foi realizado em placas de petri adicionando 1mL de Kombucha e chás. A exposição foi durante todo o desenvolvimento larval, se realizou ensaios de sobrevivência, desenvolvimento larval, parâmetros comportamentais (bombeamento faríngeo e locomoção) e o desenvolvimento reprodutivo. Os resultados foram analisados por ANOVA de uma via, com post-test Tukey, considerando como diferença significativa p<0.05. Após os tratamentos, não foi observada nenhuma variação significativa para os ensaios de sobrevivência e parâmetros comportamentais. Porém, no ensaio de desenvolvimento larval houve um atraso no desenvolvimento após tratamento com chá verde, e no ensaio de desenvolvimento reprodutivo se observou uma quantidade maior de ovos no útero, após tratamento com kombuchas de 7 e 14 dias de fermentação. Além de uma diminuição de número de ovos no útero de ovos após tratamento com a kombucha de chá verde com 30 dias de fermentação.