dc.description.abstract | No Brasil tanto o racismo quanto a desigualdade de gênero são sequelas do sistema colonial e precisam, juntamente com a categoria de classe, ser levados em conta no trabalho do(a) Assistente Social, pois os dados apontam para a feminilização e a racialização da pobreza (COSTA, 2017; COSTA et al, 2005). É nesse sentido que nosso estudo propõe analisar de forma interseccional a apropriação da classe, das relações raciais e também de gênero pelos(as) Assistentes Sociais em Foz do Iguaçu, em 2022. Assim, partimos do pressuposto de que na cidade de Foz do Iguaçu as relações raciais e de gênero são marginais nos levantamentos de dados feitos pelos(as) Assistentes Sociais dos CRAS (oeste, sul, leste, norte) e do CREAS II nos instrumentais dos equipamentos da Assistência Social. A falta de apropriação desses quesitos nos instrumentais dificulta a criação de políticas públicas especificamente voltadas aos(às) principais usuários(as) da Assistência Social na cidade e consequentemente reforça o racismo estrutural na sociedade brasileira. Para cumprir com nosso principal objetivo, que é de analisar como estas questões são tratadas pelo(a) Assistente Social na cidade, fizemos uso da análise documental e bibliográfica e de entrevistas semiestruturadas. Os resultados finais deste trabalho aprofundam a reflexão sobre a importância de uma abordagem interseccional entre as relações raciais e gênero pelo(a) Assistente Social, para um melhor enfrentamento das desigualdades sociais. | |