dc.creator | Oliveira, Marcos de Jesus | |
dc.date | 2023-01-08 | |
dc.date.accessioned | 2023-08-31T22:02:34Z | |
dc.date.available | 2023-08-31T22:02:34Z | |
dc.identifier | https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/13100 | |
dc.identifier.uri | https://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/8565254 | |
dc.description | Apoiado nos conceitos de precariedade de Judith Butler e de trauma e simbolização da tradição psicanalítica, pretende-se explorar as nuances do sofrimento psíquico de pessoas da comunidade LGBTQIA+ decorrente da violência homo/transfóbica em sua dimensão ético-política. Assim, o ensaio apresenta um conjunto de reflexões sobre os modos pelos quais os efeitos traumatogênicos da violência homo/transfóbica cumpre uma função fundamental na dinâmica de normalização das identidades sexuais e de gênero orientada pelo regime da heterossexualidade compulsória, a grade de inteligibilidade sócio-histórica das manifestações de corpo, de gênero e de sexualidade do ocidente moderno. Além de tentar descrever a dinâmica de produção das identidades gendradas, a hipótese sobre o efeito traumatogênico da violência homo/transfóbica visa a explicar a maior incidência de depressão, ansiedade e comportamentos de risco como as tentativas de suicídio e a automutilação entre a população LGBTQIA+ do que entre a população heterossexual assim como discutir a condução analítica mais adequada a tais incidências clínicas. O conceito de “estruturas negativas”, elaborado em diálogo com a psicanálise, insinua as formações intrapsíquicas cujas manifestações clínicas se revelam na expectativa de rejeição sentida por pessoas LGBTQIA+ e na homo/trans-negatividade internalizada que, não sendo opostas às – ou desvinculadas das – formações intersubjetivas, são expressões do poder na conformação da vida psíquica do sujeito. Finalmente, argumenta-se em favor de uma escuta clínica em que a transferência e a contratransferência sirvam de horizonte à continência das formas de sofrimentos psíquicos ofuscados pela heterossexualidade como gramática social de reconhecimento hegemônica, pois a ausência deste reconhecimento pelo analista contribui para que o sofrimento de pessoas LGBTQIA+ fiquem fora do campo da representação/simbolização, dificultando a apropriação subjetiva pela qual o efeito traumatogênico da violência homo/transfóbica poderia ser ressignificada no processo psicoterapêutico. | pt-BR |
dc.format | application/pdf | |
dc.language | por | |
dc.publisher | EdUFMT | pt-BR |
dc.relation | https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/13100/11739 | |
dc.rights | Copyright (c) 2022 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação. | pt-BR |
dc.rights | https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ | pt-BR |
dc.source | Revista Brasileira de Estudos da Homocultura; v. 5 n. 17 (2022): REBEH V.5 N.17 (2022); 113-135 | pt-BR |
dc.source | 2595-3206 | |
dc.title | Clínica da precariedade: trauma, sofrimento psíquico e as produções da (a)normalidade | pt-BR |
dc.type | info:eu-repo/semantics/article | |
dc.type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | |