Oratórios Barrocos: Arte e Devoção na Coleção Casagrande
Autor
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Resumen
Dispostos no Museu de Arte Sacra de São Paulo, seguem o quanto possível cronologia e tipologia iniciando por um oratório ermida pernambucano – de estilo nacional português – e atingindo o p onto alto da exposição com um similar mineiro – no estilo rococó. Os oratórios de salão paulistas, com talhas ibéricas, SAP os mais antigos e severos. Os fluminenses são do período de D. José I e Dona Maria I, requintados e caprichosos. Dos oratórios de alcova e lapinhas, vários deles estão com os santos originais. Todos os Oratórios, incluindo os de viagem e conventuais, guardam o ar devocional de seus usos durante séculos, expressos no desgaste do tempo e em transformações da materialidade, elevando-os ao status de arte.
As imagens foram selecionadas entre tantas, privilegiando para esta exposição raridades maneiristas da arte barrista paulista do primeiro escultor brasileiro, Agostinho de Jesus. Esta linha completa-se com fragmentos e imagens, da escola dos seguidores daquele frei beneditino carioca seiscentista. As invocações de Maria nas configurações da Imaculada ou Piedade foram as privilegiadas. Mestres paulistas setecentistas e as paulistinhas, já do nosso século imperial são mostrados com suas iconografias do devocional popular. A exposição Oratórios Barrocos – Arte e devoção na Coleção Casagrande reúne cerca de sessenta oratórios e igual número de imagens. Os oratórios barrocos do período colonial, oriundos de diversas coleções são provenientes de solares e fazendas, portanto sempre de particulares, dos estados de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.