Passos da Paixão, Cruz as Costas (Santuário Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG)
Autor
(Aleijadinho) Francisco Lisboa, Antônio
Resumen
Esta cena mostra o momento em que Cristo subindo ao Calvário compadeceu-se das mulheres de Jerusalém que choravam seu suplicio. Uma mulher com a criança e outra em lágrimas miram a caminhada morro acima para o Calvário. A figura de Cristo tem um passo largo confirmado pela túnica em tonalidades contrastantes - branca e roxa – e o manto em S envolvendo os dois planos da figura que com gestos largos curva-se, sobe com esforço, agarra a cruz e mira profundamente as mulheres lacrimosas. A pequena figura do menino com os cravos caberia também na cena da crucificação. Este santuário é considerado o altar da arte do Brasil colonial. Foi fundado pelo português Feliciano Mendes e forma o maior e mais extraordinário conjunto arquitetônico e artístico do país. Nesse santuário, trabalharam, entre outros, os mestres Antônio Roiz Falcato, Francisco de Lima Cerqueira, Tomás de Maya Brito e Manuel Rodrigues Coelho; os pintores João Nepomuceno (forro da nave e outros painéis) e Bernardo Pires (teto da capela-mor); os entalhadores Hierônimo Teixeira, Manuel Rodrigues Coelho e Luís Pinheiro de Sousa; quatro grandes anjos de Francisco Vieira Servas no retábulo-mor, e, por fim, Aleijadinho, que esculpiu na parte externa,os doze profetas em pedra-sabão do adro da igreja, bem como as 64 esculturas de cedro policromadas por Manuel da Costa Ataíde, dispostas em seis capelas denominadas Passos da Paixão com atual paisagismo de Burle Marx. O santuário possui ainda um museu de ex-votos. Todo conjunto passou por restauro em 1957 projeto do Iphan conhecido como Reconquista de Congonhas.