Basílica de N. S. da Conceição de Aparecida
Autor
Jesuíno do Monte Carmelo, Padre
Resumen
A Basílica Velha, pode ser considerada o último exemplar com linhas barrocas no estado. Sua fachada em cantaria é de primorosa execução. Plasticamente é arcaizante, principalmente com o frontão retilíneo que lembra as igrejas jesuíticas. Apenas a balaustrada no alto do arremate das torres são elementos mais neoclássicos.
Internamente apresenta três naves divididas por arcos romanos e no arco cruzeiro, com ornamentos de madeira com vinhas, tem quatro nichos, solução também diferenciada pois a parede do mesmo oferece leve curvatura. Os altares laterais são de extrema singeleza e o alta-mor em mármore italiano é de linhas romanas clássicas. Quatro esculturas em mármore representam as virtudes da Temperança, Caridade, Fé e Esperança.
No trono, estava abrigada a imagem da Conceição de N.S. Aparecida, obra do escultor beneditino frei Agostinho de Jesus sendo características do frei carioca, o panejamento, as feições delicadas, os ornamentos no cabelo e na fronte, três pequenas gotas como pérolas como usava seu mestre frei Agostinho da Piedade. Esta obra de pequenas dimensões, apenas 37 centímetros de barro cozido paulista da região de Parnaíba e sofreu vários restauros. Em 16 de julho de 1930 foi aclamada pelo papa Pio XI como a padroeira do Brasil. O povoado de Aparecida organizou-se a partir da construção de uma capela destinada a abrigar a imagem de Nossa Senhora de Aparecida, em 1744 (A imagem foi encontrada por pescadores no Rio Paraíba, em 1717). De 1760 – 1780 recebeu a estrutura de taipa de pilão, parte de alvenaria para ampliação e a colocação das duas torres. Neste estágio, a Capela foi desenhada por Thomas Ender em 1817 e por Pallière em 1821. Outra reforma, de 1824, não alterou as estruturas. A última reforma feita pelo baiano frei Joaquim de Monte Carmelo, teve a construção das duas torres, construção das naves, construção da capela-mor e chegada do altar-mor (Itália) e as obras finalizaram em1888.