Capela de São João Batista
Autor
Landi, Antônio José
Resumen
Seu exterior, emoldurado por mangueiras, faz jus a essa paisagem na qual se unem a flora distante vinda da Índia e o desenho requintado do artista italiano.
Acima do entalhamento de linhas recortadas está assente a cúpula, com nervuras correspondentes ao polígono. Entre estas nervuras, como também ocorre na capela-mor, a luz penetra pelas janelas dos arcos ogivais. A pequena capela, erigida nos fundos do Palácio dos Governadores - ambos obras de Landi - está ligada à história de Belém com o episódio da prisão do padre Antônio Vieira, que lá ficou preso por suas pregações pela causa indígena. Mais de uma década depois do ocorrido em 1661, foi substituída por outra semelhante. A atual e terceira construção, desenhada por Landi, foi inaugurada em 1777.
Interessante também é sua construção de nave poligonal – quase quadrada – coberta por uma rotunda assentada sobre o octógono. Na parede oposta à nave se abre o arco cruzeiro da capela-mor e, nas laterais, dois arcos plenos da mesma altura guardam pinturas portuguesas em seus nichos policromados e com trompe l’oeil até a borda dos arcos. Nas outras faces do octógono, arcos menores formam um ritmo entre as linhas curvas dos arcos maiores.
O retábulo pintado é exemplar único da ornamentação em trompe l’oeil remanescente deste pintor de arquitetura e ornamentos, dito arquiteto, na região Amazônica - pela singularidade de seus projetos, que antecipam em décadas o gosto pelo classicismo.
Edifício tombado pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Tombamento n° 237-T 148.