Tesis
A Estratégia Norte-americana de Golpe Suave contra Hugo Chávez: uma leitura a partir da Teoria Crítica das Relações Internacionais
Registro en:
SOUZA, Felipe Akira S. de. A Estratégia Norte-americana de Golpe Suave contra Hugo Chávez: uma leitura a partir da Teoria Crítica das Relações Internacionais. 2014. 95 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Relações Internacionais e Integração) – Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2014.
Autor
Souza, Felipe Akira Suzuki de
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Relações Internacionais e Integração. Orientadora: Profa. Ms. Karen dos Santos Honório. No dia 11 de Abril de 2002 teve lugar na Venezuela um golpe de Estado contra o então presidente Hugo Chávez Frias, iniciado pelas forças opositoras ao governo e que comandaram o país anteriormente por meio de um regime que hoje se denomina de Pacto de Punto Fijo. Esse governo teve como característica principal um aparelho estatal controlado pelos
principais partidos do país, AD e Copei. O regime puntofijista durará por 40 anos, até que as eleições de 1998 elegeram à Chávez. Durante os anos de seu governo compreendidos nesse trabalho veremos as transformações que passa o sistema estatal venezuelano, sendo uma das mais importantes a promulgação de uma nova constituição, mudando a forma de Estado que se via até então. A adoção de uma democracia participativa, a consequente criação de diversas instituições que garantissem a participação política, a reforma da lei de terras do país com a reforma agrária, a reforma na lei de pesca e, a mais importante, a reforma na lei de hidrocarburos foram elementos chave para se entender esse período. Não obstante as
mudanças sofridas no complexo Estado/Sociedade Civil foram suficientes para remodelar toda a Estrutura Histórica do país, mudando as Forças Sociais. Em consequência dessas mudanças as antigas forças do país, acostumadas a controlar a ideologia e as capacidades materiais do Estado passarão a trabalhar com outra força, externas ao país. O embate gerado a
partir dessa reconfiguração será, necessariamente, um embate entre hegemonias, uma interna chavista e outra externa. O que tentaremos compreender, portanto, é o envolvimento dos Estados Unidos com a oposição ao governo venezuelano, um intervencionismo comum quando se fala em estratégias afins para a América Latina. Para isso analisaremos documentos
vazados pelo Wikileaks que demonstram a estratégia norte-americana de golpe “suave” contra Chávez, principalmente após o fracasso do golpe de 2002.