O futebol feminino surgiu no Brasil na década de 90, e sempre teve muitos obstáculos para sua evolução. A sociedade rotulou a mulher com um ser frágil e delicado, logo elas sofrem muito preconceito por estarem numa prática culturalmente masculina. O futebol feminino em diversos países já é largamente difundido e bem estruturado, porém no Brasil ainda caminha com passos pequenos neste desenvolvimento. Esta pesquisa objetivou identificar qual a visão do homem estudante de educação física em relação ao futebol feminino e a mulher praticante. Especificamente, buscou analisar se existe algum tipo de preconceito acerca deste tema. A pesquisa é um estudo de caso com abordagem qualitativa, descritiva e interpretativa, na qual a entrevista semi-estrutura é o instrumento para captação das informações. Para o estudo foram entrevistados 10 homens estudantes de educação física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A análise qualitativa foi realizada a partir das informações geradas pelo conteúdo do diálogo (utilizando, para isso, a análise de conteúdo de Bardin) com os entrevistados em confronto com a literatura. O resultado do estudo foi dividido em cinco categorias: 1. Mulher masculinizada, 2. ‘Futebol é coisa pra macho?’, 3. Futebol feminino na mídia, 4. Mulher no futebol, porque e pra quê? e 5. Preconceitos. A partir da delimitação destas categorias ficou claro que o preconceito da sociedade em relação ao futebol feminino e à mulher praticante ainda existe, entre os estudantes de educação física ele acontece numa escala menor.