Artigo de periódico
Using the Defensive Style Questionnaire to evaluate the impact of sex reassignment surgery on defensive mechanisms in transsexual patients
Aplicação do Defensive Style Questionnaire para avaliar o impacto da cirurgia de redesignação sexual nos mecanismos de defesa de pacientes transexuais
Autor
Lobato, Maria Inês Rodrigues
Koff, Walter Jose
Crestana, Tiago
Chaves, Camila Martins
Salvador, Jaqueline
Petry, Analídia Rodolpho
Silveira, Esalba Maria Carvalho
Henriques, Alexandre Annes
Cervo, Fabio Trevisan
Bohme, Eduardo Siaim
Massuda, Raffael
Resumen
Objetivo: Avaliar o efeito da cirurgia de redesignação sexual nos mecanismos de defesa de 32 pacientes transexuais em dois momentos distintos usando o Defensive Style Questionnaire. Método: O Defensive Style Questionnaire foi aplicado a 32 pacientes quando ingressaram no Programa de Transtorno de Identidade de Gênero e 12 meses após a cirurgia de redesignação sexual. Resultados: Houve modificações em dois mecanismos de defesa: antecipação e idealização; porém, sem mudanças significativas nos fatores maduro, neurótico e imaturo. Discussão: Uma possibilidade para esse resultado é o fato de a intervenção cirúrgica não resolver a disforia de gênero (principal sintoma desses pacientes). Outro aspecto está relacionado com o fato de o transtorno de identidade de gênero ser instalado precocemente, o que determina uma estrutura defensiva mais regressiva para esses pacientes. Conclusão: A cirurgia de redesignação sexual não foi capaz de modificar o padrão dos mecanismos de defesa medidos pelo Defensive Style Questionnaire. Objective: To evaluate the impact of sex reassignment surgery on the defense mechanisms of 32 transsexual patients at two different points in time using the Defensive Style Questionnaire. Method: The Defensive Style Questionnaire was applied to 32 patients upon their admission to the Gender Identity Disorder Program, and 12 months after they had undergone sex reassignment surgery. Results: There were changes in two defense mechanisms: anticipation and idealization. However, no significant differences were observed in terms of the mature, neurotic and immature categories. Discussion: One possible explanation for this result is the fact that the procedure does not resolve gender dysphoria, which is a core symptom in such patients. Another aspect is related to the early onset of the gender identity disorder, which determines a more regressive defensive structure in these patients. Conclusion: Sex reassignment surgery did not improve the defensive profile as measured by the Defensive Style Questionnaire.