A economia de mercado com sua acirrada concorrência, o advento de entidades de proteção ao consumidor, o aumento da dedicação da mídia às questões empresariais e o conseqüente amadurecimento e conscientização dos consumidores em relação a seus direitos, o aumento da fiscalização governamental, a postura crítica e questionadora da sociedade relativa às empresas e aos produtos, entre outros fatores, induziram as empresas à reavaliação de seus conceitos e da qualidade de suas relações. (DAINEZE, 2002) Os investimentos socioambientais tornam-se cada vez mais numerosos e importantes nas companhias. Tais investimentos e sua conseqüente evidenciação contábil conferem credibilidade às empresas frente a fornecedores, financiadores, investidores e clientes. Além dos ganhos gerenciais e de imagem, ao investir recursos em projetos de ação socioambiental, as empresas podem beneficiar-se das deduções fiscais das leis de incentivos para a inclusão social. Considerando essa nova realidade, esse artigo tem como objetivo, de forma sucinta e sem esgotar o assunto, encontrar razões práticas, do ponto de vista contábil-gerencial, para que as empresas redirecionem seus investimentos a fim de atenderem às necessidades socioambientais. Serão abordados aspectos como: as expectativas dos stakeholders; a necessidade da sustentabilidade na gestão dos negócios; aspectos escriturais da chamada contabilidade ambiental; além do impacto da utilização dos benefícios fiscais nas demonstrações financeiras.The market economy and its fierce competition, the existence of consumer protection entities, the rising interest of media for business issues, the increasing consciousness and maturity of consumers in terms of sustainability and a more efficient government’s taxation, among other factors, are making firms rethinking their values and the quality of their relationships. (DAINEZE, 2002) Social-environmental investments are becoming increasingly numerous and important for firms. Such investments and the resulting accounting disclosure enhance stakeholders’ trust on firms. Besides gains in management experience and reputation, companies can benefit from tax deductions of the governmental incentives by investing resources in socialenvironmental projects.Given this new reality, this article aims to find practical reasons, from the standpoint of accounting and management, for companies to redirect their investments to meet social and environmental needs. This work will address issues such as the stakeholders’ expectations, the need for sustainability in business management, book features of the "green" accounting and the impact of the use of tax benefits in financial statements.