dc.contributorFischer, Luís Augusto
dc.creatorPereira, Lucia Serrano
dc.date2007-06-06T17:27:53Z
dc.date2003
dc.identifierhttp://hdl.handle.net/10183/3304
dc.identifier000335774
dc.descriptionEste trabalho consiste na leitura do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis articulado ao texto freudiano “O Estranho”. O que o orienta e inspira é a consideração de que tanto Freud quanto Machado trazem à cena traços, posições, campos de referências que têm efeito na subjetividade até nossos dias. No ensaio “O estranho”, Freud põe em questão a reflexão sobre a obra de arte abandonando o olhar que elege o belo e o grandioso para se debruçar sobre o que é inquietante, fonte de angústia e mal-estar. O autor evidencia, no trabalho a partir dos processos inconscientes, que o aparentemente mais distante, estrangeiro a nós mesmos, produtor do efeito de estranho (unheimlich), tem relação com o que nos é mais familiar (heimlich). Dom Casmurro, um dos romances mais importantes e polêmicos de nossa língua, é fundado em um inquietante mal-estar. Nele a voz do narrador é incerta, dividida, não distanciada. Escolhemos trabalhar com alguns pontos que nos parecem dar conta dessas fraturas, momentos de estranhamento e de subversão: a duplicação da casa (o eu e o desconhecimento); os olhos de ressaca (virada do lugar de sujeito a objeto); Escobar reeditado em Ezequiel (o especular no ciúme, a impossível paternidade). Neste percurso Machado de Assis nos leva a questões fundamentais com respeito às relações do sujeito ao desejo, em especial via a obliqüidade do olhar.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.rightsOpen Access
dc.subjectAssis, Machado de, 1839-1908. Dom Casmurro : Crítica e interpretação
dc.subjectAssis, Machado de, 1839-1908 : Crítica e interpretação
dc.titleUm narrador incerto : Dom Casmurro : entre o estranho e o familiar
dc.typeDissertação


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