Tesis
Serviço Social e Questão Racial no Brasil: A percepção dos jovens do Centro Cultural Escrava Anastácia a partir do seu pertencimento étnico racial
Autor
Costa, Sandra Santos
Institución
Resumen
TCC (Graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Socioeconômico. Serviço Social. O presente trabalho foi realizado com jovens participantes do Programa rito Jovem
Aprendiz do Centro Cultural Escrava Anastácia, SC - Brasil a partir da experiência
de estágio por meio do projeto de intervenção. A pesquisa teve como objetivo geral:
Discutir e refletir a percepção dos jovens a partir do pertencimento étnico racial e
seus desdobramentos no cotidiano. Para responder esse objetivo geral estabelecemos
os seguintes objetivos específicos: Facilitar a compressão e a reflexão sobre o tema;
Abordar alguns autores do Serviço Social que trabalhe a temática e a pesquisa empírica
com os jovens. O segundo capítulo abordamos aproximações conceituais de:
Democracia racial, Branquitude, Negritude e finalizamos com a trajetória da discussão
do tema raça e etnia no contexto brasileiro. O terceiro capítulo é composto pelas
contribuições da autora Elisabete Aparecida Pinto (2003) e do autor José Barbosa da
Silva Filho (2004), finalizando com a pesquisa dos artigos da revista Serviço Social
e Sociedade no período de 2010 a 2016 sobre questão racial no Brasil. O último
capítulo fundamenta-se em uma pesquisa empírica voltada a apreender a percepção
dos jovens sobre o seu pertencimento étnico racial e seus desdobramentos. A metodologia
utilizada foi abordagem qualitativa, de natureza exploratória e procedimento de
pesquisa participante. Para à análise utilizou-se de matérias produzidos durante projeto
de intervenção a partir das três categorias: Pertencimento; experiências cotidianas
e perspectiva profissional. As principais considerações que a pesquisa nos permite
afirmar é que: A percepção dos jovens negros e seu cotidiano acerca de seu pertencimento
são em grande parte afirmativa. Essas são permeadas de práticas e ações
racistas, sejam de maneiras objetivas e diretas ou de formas subjetivas e indiretas. Para
o jovem pertencente ao grupo étnico branco, esse pertencimento não foi evidenciado.
Alguns relataram situações de discriminação, porém sem ligação a raça e etnia. Por
fim, os diferentes grupos étnicos raciais percebem em proporções diferentes o que lhe
causa o pertencimento, no entanto esses reconhecimentos não propiciam unidade para
reivindicações coletivas.